22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE18 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Saúde mental (TODOS OS DIAS) |
37233 - PAPEL DO APOIO SOCIAL, RELIGIOSIDADE E CUIDADOS PALIATIVOS NO LUTO EM ONCOPEDIATRIA.
RACHEL SILVA MENEZES DA CUNHA - DOUTORANDA INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (IMS/UERJ). FISIOTERAPEUTA DO INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (INCA)., CLAUDIA DE SOUZA LOPES. - PROFESSORA TITULAR DO DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA DO INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (IMS/UERJ).
Introdução e objetivos: O luto de pais que perderam um filho em decorrência do câncer infanto-juvenil pode apresentar complicações, como Transtorno do Luto Prolongado (TLP) e depressão. Esta pesquisa investigou o papel do apoio social, da religiosidade e do tempo em cuidados paliativos na chance de ocorrência de depressão e TLP após o falecimento de um filho por câncer. Métodos: Estudo transversal entre responsáveis cujos filhos faleceram após tratamento em uma instituição oncológica de grande porte no Brasil. As variáveis de interesse foram mensuradas através de: Instrumento de avaliação do luto prolongado PG-13; Patient Health Questionnaire-9 (depressão); Escala de Apoio Social Medical Outcomes Study Social Support Scale; Escala de Religiosidade de Duke. O tempo em cuidados paliativos representa o tempo desde a instauração dos cuidados paliativos exclusivos até o óbito. As associações entre variáveis de exposição e desfechos foram estimadas pelos odds ratios (OR) e respectivos intervalos de 95% de confiança. Resultados: Piores índices de Religiosidade Intrínseca (RI) mostraram-se associados positivamente à ocorrência de TLP – OR [IC 95%]: 1,23 [1,02 – 1,49]. A maior percepção de Apoio Social mostrou-se associada negativamente à ocorrência de sintomas depressivos – OR [IC 95%]: 0,97 [0,95 – 0,99]. O tempo em cuidados paliativos mostrou associação a nenhum desfecho. Conclusão: Fatores individuais (RI) e sociais (apoio social) podem influenciar o processo de luto de pais que passaram pela perda de um(a) filho(a), ainda criança ou adolescente, em razão do câncer. O maior tempo em cuidados paliativos possivelmente não exerceu um papel de preparação para a morte do filho.
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