22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE19 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Sobrepeso e obesidade (TODOS OS DIAS) |
32796 - ESCOLARIDADE INFLUENCIA NA PREVALÊNCIA DE OBESIDADE EM MULHERES NO BRASIL
MAYARA OLIVEIRA DE ALENCAR SANTOS - ENSP/FIOCRUZ, GERALDO MARCELO DA CUNHA - ENSP/FIOCRUZ, SAMYA WALESKA FARIAS BRITO - ENSP/FIOCRUZ, RÍSIA CRISTINA EGITO DE MENEZES - UFAL, GIOVANA LONGO-SILVA - UFAL, JONAS AUGUSTO CARDOSO DA SILVEIRA - UFAL
Objetivo: Monitorar a meta do plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis de deter o crescimento da obesidade entre adultos brasileiros, examinando as desigualdades de gênero e de escolaridade. Métodos: Série temporal (2006-2018) da prevalência da obesidade construída a partir de dados populacionais transversais coletados anualmente pelo sistema de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico (Vigitel). A série histórica foi analisada por modelos lineares generalizados específicos para os gêneros masculino e feminino, sendo a hipótese de modificação de efeito pelo nível de escolaridade testada a partir da interação com o ano dos inquéritos, analisando efeitos de idade, período e coorte pelo modelo APC (age, period, cohort). Resultados: Em todos os estratos analisados, as prevalências apresentaram padrão ascendente. O nível de escolaridade foi importante modificador de efeito nas prevalências analisadas, especialmente dentre as mulheres, onde a tendência temporal da obesidade apresentou relação exposição-resposta inversa. Mulheres com menor grau de escolaridade apresentaram probabilidade de se tornar obesa, até 3,6 vezes maior que aquelas com mais de 12 anos de estudo. Ao observar o efeito de coorte, a razão de riscos de se tornar obesa aumentou de 1,6 (nascidas na década de 60) para 2,2 vezes (nascidas na década de 80), representando aumento de 40% no risco acumulado. Conclusão: Identificamos expressivas desigualdades de gênero e escolaridade na tendência temporal de obesidade na população brasileira. Quanto a meta nacional, possivelmente, apenas o subgrupo das mulheres mais escolarizadas estará dentro do esperado.
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