22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE19 - Epidemiologia das doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT) - Sobrepeso e obesidade (TODOS OS DIAS) |
36265 - A INVISIBILIDADE DA OBESIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO BRASIL SEGUNDO REGIÕES ELMA LÚCIA DE FREITAS MONTEIRO - UFTM, ERIKA CARDOSO DOS REIS - UFOP, ÉRICA MIDORI IKEGAMI - UFTM, MÁRLON MARTINS MOREIRA - UFTM, JAIR SINDRA VIRTUOSO JÚNIOR - UFTM
Objetivos: Comparar os atendimentos realizados na Atenção Primária à Saúde (APS) que avaliaram a obesidade em adultos acima de 18 anos e a prevalência de obesidade no Brasil.
Métodos: Estudo observacional descritivo que utilizou dados do Sistema de Informação em Saúde da Atenção Básica (SISAB) referente a registros de atendimentos de obesidade na APS, entre adultos com idade igual ou superior a 18 anos e dados de prevalência da obesidade do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas), entre 2014 e 2020.
Resultados: No período analisado, verificou-se média de registro de obesidade como condição avaliada de 2,66% de todos os atendimentos realizados na APS, variando de 1,94% na região Nordeste a 3,29% no Centro-Oeste. Por outro lado, a prevalência de obesidade atingiu média de 19,10% no Brasil. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM) apresentaram médias de atendimento superiores, com 25,15% e 9,13%, respectivamente, sendo o maior percentual na região Sudeste (27,42% e 10,46%). Foi identificada prevalência de 24,80% para HAS e 7,80% para DM, valores próximos à média de registro de atendimento para estas condições de saúde.
Conclusões: Os resultados revelam a invisibilidade da obesidade na APS no Brasil, em todas as regiões. Enquanto outras condições crônicas associadas à obesidade (DM e HAS) possuem registro de atendimento de acordo com a prevalência, a identificação e registro da obesidade como condição avaliada é muito inferior à prevalência, indicando a sua invisibilidade na APS e, consequentemente, prejuízos na abordagem e orientação à pessoa com obesidade.
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