35744 - PERFIL DAS HOSPITALIZAÇÕES EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM COVID-19 NA PARAÍBA LECIDAMIA CRISTINA LEITE DAMASCENA - UFPB, NYELLISONN NANDO NÓBREGA DE LUCENA - UFPB, RAYSSA NAFTALY MUNIZ PINTO - UFPB, TALITA TAVARES ALVES DE ALMEIDA - SES-PB, DIANA DE FÁTIMA ALVES PINTO - SES-PB, HEMÍLIO FERNANDES CAMPOS COELHO - UFPB, ANA MARIA GONDIM VALENÇA - UFPB
Objetivo: Comparar dados de crianças e adolescentes (0-18 anos) hospitalizados com COVID-19 na primeira (março a novembro/2020) e segunda onda (dezembro/2020 a março/2021). Metodologia: Estudo transversal, quantitativo, com dados secundários de pacientes hospitalizados com COVID-19 na Paraíba na primeira (n=334) e segunda onda (n=109), sendo os dados analisados pelos testes Mann Whitney e de proporções (α=0,05). Resultados: Na primeira onda, a idade média dos pacientes foi 7,6 anos, predominando o sexo feminino (54,2%) e pardos (72,6%). Os sintomas mais frequentes foram febre (57,9%), tosse (46,5%), desconforto respiratório (47,3%) e, dentre as comorbidades, problemas neurológicos (19,4%) e cardiopatia (15,2%). Predominaram casos que não precisaram de UTI (71,0%) e não utilizaram suporte ventilatório (58,4%). Ocorreu cura em 90,5% dos casos e óbito em 9,5%. Na segunda onda, a idade média foi 9,7 anos, concentrando-se no sexo feminino (60,6%) e em pardos (81,9%). Os sintomas mais frequentes foram febre (63,5%), tosse (51,6%) e dispneia (40,7%), sendo as comorbidades mais comuns cardiopatia (11,1%), problemas neurológicos (11,1%) e imunodepressão (10,7%). A maioria não necessitou de internação na UTI (80,4%) e não usou suporte ventilatório (61,8%). Evoluiu para cura 94,3% dos casos, 4,3% vieram a óbito por COVID-19 e 1,4% por outras causas. Houve diferença na idade dos pacientes hospitalizados na primeira e segunda onda (p=0,003), na ocorrência de desconforto respiratório (p=0,03), na saturação de O2<95% (p=0,04), em possuir outras comorbidades (p=0,04) e no uso de suporte ventilatório invasivo (p=0,01). Conclusão: Há diferenças no perfil clínico-epidemiológico das crianças e adolescentes hospitalizados na primeira e segunda onda.
|