22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE20 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - Covid-19 (TODOS OS DIAS) |
37560 - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA COVID-19 EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA PRIMEIRA ONDA PANDÊMICA TICIANA MESQUITA DE OLIVEIRA FONTENELE - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA, FERNANDA MARTINS MAIA - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA, ANTÔNIO SILVA LIMA NETO - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA, FRANCISCO JADSON FRANCO MOREIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, PAULO FRANCISCO BRITO MOREIRA - HAPVIDA SISTEMA DE SAÚDE, ALEXANDRE GIANDONI WOLKOFFC - HAPVIDA SISTEMA DE SAÚDE, ANA PAULA VASCONCELLOS ABDON - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Objetivos: Identificar as principais manifestações clínicas decorrentes da Coronavirus Disease 19 (COVID-19) em profissionais de saúde na primeira onda pandêmica no Brasil.
Métodos: Estudo transversal com 1851 profissionais de saúde, atuantes em hospitais de todas as regiões brasileiras, desenvolvido em maio de 2020. Responderam a um questionário online para coletar variáveis sociodemográficas, ocupacionais, diagnóstico de COVID-19 e manifestações clínicas autorreferidas. Análises descritivas foram realizadas pelo SPSS Statistics versão 23.0.
Resultados: Verificou-se maior proporção da faixa etária de 26-59 anos (83,2%; n=1540), sexo feminino (79,3%; n=1468), auxiliar/técnico de enfermagem (50,4%; n=932), enfermeiros (26,7%; n=494), atuando na emergência (30,1%; n=557) e da região Nordeste (48,7%; n=902). Do total, 16,8% (n=311) tiveram diagnóstico médico de COVID-19, sendo o cansaço (14,0%; n=259) e a dor (13,6%; n=252) as queixas mais frequentes. As manifestações neurológicas foram relatadas por 48,5% (n=151) dos profissionais, seguido de alterações gastrointestinais com 17,6% (n=55). Dentre as neurológicas, a anosmia (59,6%; n=90), ageusia e cefaleia (48,3%; n=73, ambas) foram as mais apontadas.
Conclusões: Os sintomas cansaço e dor foram predominantes entre os profissionais de saúde atuantes na linha de frente da primeira onda pandêmica. Ademais, as manifestações neurológicas apresentaram elevada prevalência. Esses achados apoiam a importância da correta informação de sinais e sintomas por ser determinante para diagnóstico da COVID-19 e, consequentemente, para a atuação clínica em consonância com o Ministério da Saúde.
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