22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE21 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - Dengue, Zika, chikungunya e outras arboviroses (TODOS OS DIAS) |
33759 - SURTO DE FEBRE DO CHIKUNGUNYA NA REGIÃO METROPOLITANA DA BAIXADA SANTISTA/SP-2021 SILVIA DOMINGUES DOS SANTOS - GRUPO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE SANTOS – GVE XXV/CVE/CCD/SES-SP, MÔNICA MALAMAN MORENO GARCIA - GRUPO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE SANTOS – GVE XXV/CVE/CCD/SES-SP, ANDREA CERQUEIRA PASSOS DE YANAGIURA - GRUPO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE SANTOS – GVE XXV/CVE/CCD/SES-SP
Objetivos: Descrever o surto de chikungunya na Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS) em 2021.
Métodos: Estudo epidemiológico e descritivo dos casos confirmados de chikungunya de 2021, residentes na RMBS, notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação-Online até 07 de abril de 2021. Calculou-se o coeficiente de incidência (CI) de chikungunya segundo semana epidemiológica (SE) de sintomas, sexo, faixa etária e município de residência.
Resultados: Em 2021 foram registrados 1162 casos de chikungunya, com CI de 61,8 casos/100.000 habitantes. Houve maior ocorrência no sexo feminino, com 63,2% dos casos e na faixa etária de 40-59 anos (38,8%). Foram hospitalizados 15 casos (1,3%) e 3 óbitos estão em investigação. O surto, iniciado em Santos e Guarujá em 2020, avançou para São Vicente e Cubatão na SE 01/2021, atingindo o pico de 210 casos na SE 07/2021, em 7 (77,8%) municípios da RMBS. Os primeiros bairros envolvidos no surto localizam-se nas proximidades dos Portos de Santos e Guarujá, em áreas de alta densidade populacional. A maior transmissão ocorreu em Santos, Guarujá, São Vicente e Cubatão, com CI de 144,1; 112,8; 39,6 e 13,7 casos/100.000 habitantes, respectivamente. As maiores taxas de ataque foram apresentadas por Santos (0,14%) e Guarujá (0,11%).
Conclusões: Os maiores riscos foram observados em Santos, Guarujá e São Vicente, com transmissão em nível de epidêmico. Houve maior ocorrência no sexo feminino e na faixa de 40-59 anos. O sistema de saúde da RMBS enfrenta a tripla carga da chikungunya em meio às epidemias de dengue e COVID19.
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