22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE21 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - Dengue, Zika, chikungunya e outras arboviroses (TODOS OS DIAS) |
37457 - CLUSTERS ESPACIAIS DE ALTO RISCO PARA ZIKA, DENGUE E CHIKUNGUNYA NO RIO DE JANEIRO, BRASIL REINALDO SOUZA-SANTOS - ENSP/FIOCRUZ, ANDREA SOBRAL - ENSP/FIOCRUZ, ANDRÉ REYNALDO SANTOS PÉRISSÉ - ENSP/FIOCRUZ
Objetivo: Analisar a distribuição espacial e identificar clusters espaciais de alto risco de Zika, dengue e chikungunya na cidade do Rio de Janeiro, Brasil.
Metodologia: Foram utilizados dados de estudo de soroprevalência realizado na cidade do Rio de Janeiro. Os 2.120 voluntários foram testados com o Teste de Diagnóstico Rápido (TDR) para Zika, dengue e chikungunya (ZDC), em 2018, considerando a distribuição dos domicílios. Para detectar clusters espaciais de alto risco de ZDC, usamos a estatística de varredura de Kulldorff e modelo de Bernoulli.
Resultados: Entre 2.114 indivíduos, 1.714 (81,1%) foram positivos para pelo menos um arbovírus e 400 (18,9%) negativos para o ZDC. A estatística de varredura identificou três agrupamentos espaciais de alto risco significativos (p<0,05). Esses clusters correspondem a 35,7% (n = 613) de todos os positivos da amostra. O cluster mais provável estava localizado na zona norte da cidade (cluster 1). Os clusters 2 e 3 localizaram-se na zona oeste. Comparando os RRs, os maiores valores foram no cluster 1 para CHIKV (1,97), no cluster 2 para ZIKV (1,58) e no cluster 3 para CHIKV (1,44). Em relação aos resultados de TDR nos clusters, o Flavivirus teve a maior frequência nos clusters 1, 2 e 3 (42,83%, 54,46% e 52,08%, respectivamente). Flavivirus + CHIKV teve 23,18%, 18,75% e 14,58%, respectivamente.
Conclusão: Nosso estudo mostrou um cenário de maior concentração e risco para pessoas em áreas que coincidem com as piores condições socioeconômicas do município, além de uma maior frequência de circulação de Flavivirus e CHIKV.
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