22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE22 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - Doenças imunopreveníveis (TODOS OS DIAS) |
33132 - GEOGRAFIA E SAÚDE COLETIVA: ANÁLISE ESPACIAL DA COQUELUCHE NO BRASIL, 2010 A 2019 LUÍS ROBERTO DA SILVA - UFPE, LAÍS EDUARDA SILVA DE ARRUDA - UFPE, JONATHAN WILLAMS DO NASCIMENTO - UFPE, MARCELO VICTOR DE ARRUDA FREITAS - UFPE, MATHEUS LUCAS VIEIRA DO NASCIMENTO - UFPE, MARIA GRAZIELE GONÇALVES SILVA - UFPE, ISADORA SABRINA FERREIRA DOS SANTOS - UFPE, JOSÉ THIAGO DE LIMA SILVA - UFPE, ALINE VANESSA DA SILVA - UFPE, JOSÉ ERIVALDO GONÇALVES - FIOCRUZ-PE, CAMILA MARIA BARROS TEIXEIRA - UFPE, GUILHERME LIRA - UFPE, RICARDO JOSÉ FERREIRA - IFPB, EMÍLIA CAROLLE AZEVEDO DE OLIVEIRA - FIOCRUZ-PE
Objetivo: Analisar espacialmente a coqueluche no Brasil e as suas características epidemiológicas. Métodos: Estudo transversal, ecológico com os casos e os óbitos por coqueluche do Sistema de Informação de Agravos de Notificação no Brasil (2010-2019). Realizou-se a tendência temporal dos casos e óbitos pela Regressão Linear Simples, nível de significância de 5%, e análise de Kernel para os casos e os óbitos. Utilizaram-se o Excel e os Softwares livres TerraView e QGIS. Resultados: Notificaram-se 32.849 casos, desses, 466 (1,42%) evoluíram para o óbito. Observou-se uma incidência de 1,63 e coeficiente de mortalidade 0,023/100 mil habitantes. A regressão linear mostrou um comportamento ascendente, estatisticamente significante, da linha de tendência dos casos e óbitos (2010-2014), enquanto nos anos seguintes apresentou uma tendência de queda menos intensa. A maioria desses casos e óbitos ocorreu em menores de um ano (60,16%; 98,07%), sexo feminino (55,28%; 56,01%) e raça/cor branca (48,42%; 43,78%). Na análise de Kernel, as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e parte do Nordeste se destacaram pela presença de clusters de alto e médio riscos para incidência da coqueluche. Nos óbitos, evidenciaram-se áreas do Nordeste e Sudeste. Ao comparar os mapas de incidência e mortalidade, notou-se clusters de alto risco em São Paulo e Pernambuco. Conclusão: A coqueluche é uma doença imunoprevenível, distribuída de forma heterogênea no Brasil e que ainda é causa de óbitos infantis. Visto isso, é preciso fortalecer a vigilância e a rede de atenção à saúde para detecção precoce dos casos e evitar o desfecho negativo do óbito.
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