22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE23 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - Hanseníase, Leishmaniose e outras doenças negligenciadas (TODOS OS DIAS) |
35737 - DOENÇA DE CHAGAS CARDÍACA CRÔNICA: PROGNÓSTICO DE ÓBITO E FATORES ASSOCIADOS TIAGO AUGUSTO FERNANDES PERES - UFU, STEFAN VILGES DE OLIVEIRA - UFU, DENNER CUSTÓDIO GOMES - UFU, GABRYELLA LONDINA RIBEIRO LIMA - UFU, ISABELLA GUZMÁN NÚñEZ DEL PRADO - UFU, LAYANNE CINTRA SOARES - UFU, JEAN EZEQUIEL LIMONGI - UFU
Objetivos: classificar pacientes chagásicos cardíacos crônicos segundo o escore de risco de óbito elaborado por Rassi e colaboradores (2006), associando-o com variáveis demográficas, clínicas e de utilização de serviços de assistência em saúde. Métodos: estudo com base em dados secundários provenientes de prontuários de portadores de Doença de Chagas Cardíaca Crônica, munícipes de Uberlândia-MG, atendidos e acompanhados no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia entre março de 2018 e março de 2020. Foi construído um banco de dados específico para este estudo no programa de informática Epi Info 7.2.2. Foram utilizados o Teste Exato de Fisher, Teste Qui quadrado e o teste ANOVA (α= 5%). Resultados: foram analisados 433 prontuários. Houve predominância de pacientes do sexo feminino (236; 54,5%) e a média de idade foi de 68,47 ± 11,02. A forma cardíaca foi observada em 334 (77,1%) pacientes e a forma cardiodigestória em 99 (22,9%). O sexo masculino foi associado com maior risco de óbito (p=0,02), assim como os pacientes que apresentavam cardiopatia por outra etiologia (p=0,03). O maior número de internações (p=0,01), de dias internados (p<0,001), de idas ao pronto socorro (p=0,01) e ao serviço ambulatorial (p= 0,001) também foram associados aos pacientes em maior risco de óbito. Conclusões: Chagásicos em estágios avançados da doença impactam sobremaneira os serviços de saúde de maior complexidade. O manejo e acompanhamento na atenção primária deve ser preconizado para que haja melhora na qualidade de vida dos pacientes e retardo da evolução da doença para formas mais graves.
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