22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE23 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - Hanseníase, Leishmaniose e outras doenças negligenciadas (TODOS OS DIAS) |
35935 - PROPOSTA DE CHECKLIST PARA LEVANTAMENTO DE FATORES DE RISCO PARA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR CLAUDIO LUIZ FERREIRA JUNIOR - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE MINAS GERAIS, JOSÉ VICENTE HONORATO - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE MINAS GERAIS, MARIA NEIDE DE SOUZA SANTOS LEAL - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ARAÇUAÍ, ANA CLARA ORNELES LUIZ - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ARAÇUAÍ, CLEYA DA SILVA SANTANA CRUZ - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE MINAS GERAIS, CAROLINA DI PIETRO CARVALHO - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE MINAS GERAIS, KESLEY DUARTE DE JESUS - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE MINAS GERAIS, MARIANA CRISTINA ROCHA - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE MINAS GERAIS
O objetivo do trabalho foi identificar fatores que podem estar associados à presença do vetor do gênero Lutzomyia, responsável pela transmissão da Leishmaniose Tegumentar (LT), no meio domiciliar ou peridomiciliar. Foram realizadas visitas em 258 casas em comunidade rural do município de Araçuaí (MG), endêmico para LT, utilizando checklist com base no Manual de Vigilância Leishmaniose Tegumentar (2017); ferramenta já utilizada no combate a dengue. Os fatores levantados foram: presenças de matéria orgânica próxima das casas (resto de alimentos, fezes), de mosquiteiro nos dormitórios, de telas em janelas/portas, presença de anexos (exemplo: galinheiros, casas de animais); distância da casa às matas (entre 0 e 100 metros e maior que 100 metros), presença/uso de repelentes. Outras informações levantadas: quantidade de moradores, moradores que já tiveram LT, presença de trabalhadores do campo, presença de crianças e crianças que já tiveram LT. Obteve-se: presença de matéria orgânica em 09% das casas; ausência de mosquiteiros em 69%; 100% das casas sem telas; 57% tem anexos; 74% estão a menos de 100 metros de matas; 88% das casas não possuem repelentes; 65% apresentam animais domésticos nas proximidades de casa ou dentro. O número médio de moradores foi de 2,86; 7% dos lares apresentaram moradores que já tiveram LT; 22% das casas têm crianças, 2% das casas já tiveram crianças com LT e 75% das casas apresentam trabalhadores do campo. O levantamento de fatores de risco para transmissão da LT torna-se essencial para promoção de educação em saúde e como instrumento municipal de planejamento de ações.
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