22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE23 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - Hanseníase, Leishmaniose e outras doenças negligenciadas (TODOS OS DIAS) |
36106 - CARACTERÍSTICAS DOS ÓBITOS POR ESQUISTOSSOMOSE NO NORDESTE DO BRASIL, 2000 A 2019 BÁRBARA MORGANA DA SILVA - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ., REBECA GOMES DE AMORIM - DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM, FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ., THAIS DE SOUSA LEITE - DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM, FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ., MIRELE COELHO ARAÚJO - DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM, FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ., ANDERSON FUENTES FERREIRA - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA, FACULDADE DE MEDICINA, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ., MARTA CRISTHIANY CUNHA PINHEIRO - LABORATÓRIO DE PARASITOLOGIA E BIOLOGIA DE MOLUSCOS, FACULDADE DE FARMÁCIA, ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ., ALBERTO NOVAES RAMOS JR - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA, FACULDADE DE MEDICINA E DEPARTAMENTO DE SAÚDE COMUNITÁRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ.
Objetivo: Caracterizar o perfil sociodemográfico dos óbitos por esquistossomose como causa múltipla no Nordeste do Brasil, de 2000 a 2019. Métodos: Estudo ecológico de base populacional regional, baseado em dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, incluindo os óbitos na região Nordeste em que a esquistossomose consta na declaração de óbito como causa básica ou associada de morte (causas múltiplas). Utilizou-se o programa Stata 11.2 para análise estatística descritiva. Resultados: De um total de 9.259 óbitos, 72,4% tiveram como causa básica a esquistossomose. A maior taxa de mortalidade foi observada em 2002 (5,7%), mas com padrão sustentado no período de estudo. Dentre os óbitos registrados, 51,0% eram do sexo masculino e 61,5% da raça/cor parda. Maior frequência de óbitos ocorreu em pessoas com ≥70 anos (40,1%) e sem escolaridade (29,9%). Residiam fora da capital do Estado 77,9% das pessoas que evoluíram para o óbito. Pernambuco apresentou a maior proporção dos óbitos (53,8%), seguido de Alagoas (18,7%) e Bahia (15,2%). Em 2017, Pernambuco apresentou IDHM e IVS de 0,727 e 0,336, Alagoas de 0,683 e 0,338 e Bahia de 0,714 e 0,298, respectivamente. Conclusões: No contexto de alta endemicidade por esquistossomose na região Nordeste do Brasil, os óbitos registrados como associados a esta doença persistem e demarcam diferentes dimensões de vulnerabilidade social. A persistência ao longo dos anos demonstra à limitação dos esforços para controle dessa doença, bem como do acesso ao diagnóstico e tratamento oportunos, particularmente em territórios de áreas rurais dos estados de Pernambuco, Alagoas e Bahia.
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