22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE23 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - Hanseníase, Leishmaniose e outras doenças negligenciadas (TODOS OS DIAS) |
36251 - LETALIDADE DA COINFECÇÃO LEISHMANIOSE VISCERAL E HIV NO RIO GRANDE DO NORTE. ALEXANDRO IRIS LEITE - UFERSA, LUCIANE BARRETO ARAÚJO - SMS - MOSSORÓ/RN
Objetivos: Avaliar a letalidade da coinfecção Leishmaniose Visceral/HIV no Rio Grande do Norte e compreender sua magnitude. Métodos: Estudo descritivo da letalidade de Leishmaniose Visceral/HIV, levando-se em consideração os óbitos pela coinfecção e causas associadas, no Rio Grande do Norte, no período de dez anos (2010 a 2019). Investigou-se também a letalidade na região Nordeste e em todas as unidades federadas em igual período. Os dados foram coletados junto ao Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizados pelo site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do Ministério da Saúde. Resultados: No período estudado foram registrados 186 casos de coinfecção Leishmaniose Visceral/HIV no Rio Grande do Norte e destes, 42 evoluíram para óbito, seja em decorrência da própria coinfecção ou por causa associada, representando uma Letalidade de 22,6%. Este achado é superior a letalidade de todos os casos de Leishmaniose Visceral no estado que foi de 10,7%, e superior também a letalidade da coinfecção no Nordeste (16,6%) e no Brasil (17,3%). O estado apresentou a terceira maior letalidade do país, ficando atrás somente de Alagoas (48,0%) e Sergipe (24,4%). A distribuição anual da letalidade variou de 10,0% a 37,5%, respectivamente em 2013 e 2018. Conclusão: A elevada letalidade encontrada constata a fragilidade de políticas públicas de saúde dos agravos estudados. O óbito pela coinfecção de Leishmaniose Visceral/HIV ou causas associadas no Rio Grande do Norte é uma realidade preocupante a qual merece um olhar diferenciado sobretudo com foco nas ações de vigilância epidemiológica e assistência.
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