22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE23 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - Hanseníase, Leishmaniose e outras doenças negligenciadas (TODOS OS DIAS) |
36524 - A MORBIDADE HOSPITALAR POR ESQUISTOSSOMOSE E DOENÇA DE CHAGAS, DE 2010 A 2018, EM SERGIPE CLEOVALDO RIBEIRO FERREIRA JUNIOR - UFS, ANNA KLARA BOHLAND - UFS
Objetivos. Descrever a morbidade hospitalar por duas doenças negligenciadas, Doença de Chagas e Esquistossomose, em Sergipe, de 2010 a 2018. Métodos. Estudo descritivo retrospectivo, com informações do Sistema de Informações Hospitalares, utilizando o programa TabWin. Resultados. Das 121 internações por Chagas, 76,9% foram por megaesôfago. O coeficiente de morbidade hospitalar (por 100.000 habitantes) por Chagas foi de 0,61 internações, com aumento de 22,9% nas hospitalizações no período. Os maiores coeficientes de morbidade hospitalar foram em homens (0,61) e de 70 a 79 anos (2,49). As internações foram predominantemente eletivas (66,1%), em 4,1% houve óbito como desfecho, e 37,2% duraram mais de 7 dias. O custo por paciente foi R$1961,37. A Região de Saúde (RS) de Aracaju concentrou maior parte das internações (89,3%), porém a maioria dos pacientes (35,5%) residia na RS de Estância, região sul do estado. Quanto à esquistossomose, ocorreram 66 internações no período, e em 27,3% delas não se especificou o agente. Houve queda de internações por esquistossomose no período (37,5%) e o coeficiente de morbidade hospitalar foi 0,33. Os homens (0,39) e a idade de 60 a 69 anos (2,86) tiveram maiores coeficientes. A maioria das internações foi em caráter de urgência (89,4%), houve desfecho de óbito em 7,6%, e 60,6% ficaram internados por tempo superior a 7 dias. O custo individual foi R$ 389,66. A RS de maior ocorrência foi Aracaju (57,6%), mas 28,8% residia na RS de Estância. Conclusões. As internações hospitalares pelas doenças negligenciadas estudadas permanecem como importante problema de saúde pública em Sergipe.
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