22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE23 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - Hanseníase, Leishmaniose e outras doenças negligenciadas (TODOS OS DIAS) |
37734 - MAPEAMENTO DOS CASOS DE HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA - CE
MARIANNE SANTOS FLORÊNCIO - UFC, PATRÍCIA DO NASCIMENTO SILVA - UFC, ANDERSON FUENTES FERREIRA - UFC, NÁGILA NATHALY LIMA FERREIRA - UFC, NHR BRASIL, AYMEE MEDEIROS DA ROCHA - NHR BRASIL, JOSÉ ALEXANDRE MENEZES DA SILVA - NHR BRASIL
Objetivos: Descrever o processo de mapeamento dos casos de hanseníase registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação no período de 2014-2018 no município de Fortaleza-CE. Métodos: Estudo descritivo transversal sobre mapeamento dos casos de hanseníase registrados no município de Fortaleza, entre 2014-2018, realizado entre agosto e dezembro/2019. Os endereços foram georreferenciados no software QGis e compilados no aplicativo MapIt. A qualificação dos endereços era realizada pelos Agentes Comunitários de Saúde na Estratégia Saúde da Família (ESF). Os dados eram armazenados e processados para análise. Os mapas criados a partir das informações fornecidas foram utilizados para identificação dos clusters (04 ou mais casos em um raio de 200 metros). Resultados: Foram mapeados 2526 casos, destes 1535 (60,7%) distribuídos em 136 clusters, evidenciando a endemicidade da área. Destaca-se que 671 (26,6%) mapeados estavam situados em territórios sem cobertura pela ESF e que 8,9% (n= 225) mudaram de endereço após o diagnóstico, ocasionando perdas de vínculo e de acompanhamento. As regiões de saúde com maior número de casos mapeados foi a regional V (n = 1001; 39,6%), seguido da regional VI (n =555; 22%). Conclusão: Utilização de ferramentas geoespaciais para identificação dos padrões dos casos de hanseníase, bem como o mapeamento participativo no território mostrou-se relevante de modo a direcionar políticas de vigilância e controle. Dificuldades como falta de cobertura da ESF e migração populacional são fatores que podem dificultar a vigilância ativa de contatos e o monitoramento dos casos pós-alta, necessários para a interrupção da cadeia de transmissão da doença.
|
