22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE24 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - HIV/aids e outras ISTs (TODOS OS DIAS) |
33424 - HOMOFOBIA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO SUL DO BRASIL: DADOS PRELIMINARES DO ESTUDO SMESH MILENA MANTELLI DALL‘SOTO - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO; UFCSPA, BRUNA VIEIRA FERNANDES - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO; UFCSPA, NATÁLIA LUIZA KOPS - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO, MARINA BESSEL - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO, FLAVIA MORENO ALVES SOUZA - DEPARTAMENTO DE DOENÇAS DE CONDIÇÕES CRÔNICAS E INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DCCI), GERSON FERNANDO MENDES PEREIRA - DEPARTAMENTO DE DOENÇAS DE CONDIÇÕES CRÔNICAS E INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DCCI), ELIANA MÁRCIA WENDLAND - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO
Objetivos: Avaliar o relato de discriminação e violência devido à orientação sexual em serviços públicos de saúde no Sul do Brasil. Métodos: Estudo transversal, utilizando a metodologia Respondent-Driven Sampling, que teve início em 2019 e segue em andamento (Estudo SMESH). Os participantes responderam a uma entrevista sociocomportamental que incluiu questões de discriminação e violência. Profissionais de saúde treinados realizaram a coleta nas cidades de Porto Alegre e Florianópolis. Foram incluídos homens, maiores de 18 anos, que relataram ter feito sexo com outro homem nos últimos 12 meses. Resultados: Até o presente, foram incluídos 219 gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH) com idade média de 27,46 anos (±7,34). Se identificaram majoritariamente como brancos (68,04%), com nível escolar superior completo ou incompleto (86,76%) e de orientação homossexual (88,58%), seguido de bissexual (10,50%). A maioria (75,34%) relatou ter passado por algum tipo de discriminação, sendo que 90,30% foram motivadas pela orientação sexual, dos quais 9,70% dentro de serviços de saúde. Dentre aqueles que se autodeclararam brancos e sofreram algum tipo de discriminação, 94,49% relataram discriminação por orientação sexual, e entre pretos, 72,41% (p=0.001). Ainda, 19,63% dos participantes afirmaram ter sofrido agressão física, sendo 2,32% em serviços de saúde. Conclusões: Mesmo com a implementação de diferentes estratégias para reduzir a disparidade e preconceitos no atendimento e acesso à saúde da população LGBTQI+ , essa população continua sendo vítima de discriminação e abuso pela sociedade, que muitas vezes se estende para dentro do sistema de saúde.
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