22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE24 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - HIV/aids e outras ISTs (TODOS OS DIAS) |
33504 - SÍFILIS CONGÊNITA: PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NOTIFICADOS NO HFSE, 2007-2021 TATIANA DE ARAUJO ELEUTERIO - HOSPITAL FEDERAL DOS SERVIDORES DO ESTADO / UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, ALESSANDRA GONÇALVES LISBÔA PEREIRA - HOSPITAL FEDERAL DOS SERVIDORES DO ESTADO, CLAUDIA CAMINHA ESCOSTEGUY - HOSPITAL FEDERAL DOS SERVIDORES DO ESTADO, MARCIO RENAN VINÍCIUS ESPÍNOLA MARQUES - HOSPITAL FEDERAL DOS SERVIDORES DO ESTADO, ANA CLAUDIA RODRIGUES DA SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RAFAEL OSTROVSKI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, BRENDA CRISTINE FERNANDES DE ALMEIDA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, PEDRO WILLIAN MARQUES DE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Objetivo: Descrever o perfil clínico-epidemiológico dos casos notificados de sífilis congênita no Hospital Federal dos Servidores do Estado, de janeiro/2007 a março/2021. Métodos: Estudo descritivo exploratório, a partir de base de dados da vigilância epidemiológica, e coleta de dados complementares em prontuários médicos e fichas de investigação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Resultados: No período observado, foram notificados 632 casos, tendo ocorrido incremento de 18 em 2007 para 82 em 2020; apenas nos três primeiros meses de 2021 foram registrados 22 casos. Dos 632 recém-natos, 46,5% eram do sexo feminino, 46,8% masculino e 6,7% com informação ignorada; a raça/cor predominante foi a parda (36,7%). Quanto ao perfil materno, 56,5% das gestantes tinham entre 20 e 29 anos; 40,8% tinham até o ensino fundamental completo; 81,3% realizaram pré-natal - destas, 80,3% no HFSE. 72% tiveram diagnóstico de sífilis durante o pré-natal e 56% receberam tratamento inadequado. Apenas 20,7% dos parceiros foram tratados e 29,2% tiveram tratamento ignorado. Quanto à evolução, 85,9% foram nascidos vivos, 0,6% de óbitos fetais (natimortos/abortos), 0,5% de óbitos por outras causas, 0,3% de óbitos por sífilis congênita e 12,7% tiveram evolução ignorada. Dentre os nascidos vivos, os casos foram majoritariamente assintomáticos (58,1%); dentre os 139 sintomáticos, 65,5% apresentaram icterícia, 10,1% anemia, 9,4% lesões cutâneas, 7,2% hepatomegalia e 6,5% prematuridade. Conclusões: Observou-se incremento no número de casos no período, corroborando a importância da prevenção da transmissão vertical por meio de uma assistência pré-natal qualificada e do diagnóstico e tratamento precoces das gestantes e seus parceiros.
|