22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE24 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - HIV/aids e outras ISTs (TODOS OS DIAS) |
36001 - ADESÃO AO TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL E SUPRESSÃO VIRAL: BUSCANDO A META UNAIDS 90-90-90 MARCIO CRISTIANO MELO - FACULDADE DE MEDICINA SÃO LEOPOLDO MANDIC, FLÁVIO EUGÊNIO POLILLO FILHO - FCM/UNICAMP, FLAVIA FERNANDA MORENO - FCM/UNICAMP, CAROLINA NEVES BUHL - FCM/UNICAMP, MARIA RITA DONALISIO - FCM/UNICAMP
Objetivo: verificar a adesão à terapia antirretroviral (TARV) e a supressão viral, segundo variáveis demográficas, clínicas, laboratoriais e eventos adversos à medicação em pacientes atendidos no Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas no ano de 2016.
Métodos: Estudo transversal de amostra de prontuários dos adultos em acompanhamento no ambulatório de HIV/Aids sobre as variáveis associadas aos desfechos: adesão à TARV e carga viral indetectável (<40 cópias/mL). O tamanho amostral foi calculado para uma proporção de 0,4, erro admitido 5% e nível de confiança 95%. Foram ajustados modelos de regressão logística múltipla para identificar fatores de risco associados aos desfechos, considerando-se nível de significância de 95%.
Resultados: Dos 339 pacientes que compareceram ao serviço, 82,0% estavam em uso regular de TARV e 86,4% com carga viral indetectável, indicadores próximos à meta 90-90-90, embora se refiram apenas aos que compareceram. 81,7% era procedente de Campinas e região. Foram associados positivamente à maior adesão à TARV, as variáveis: sexo masculino, maior idade, maior tempo de diagnóstico HIV, menos intercorrências clínicas/internação. A carga viral indetectável ocorreu em maior frequência entre os que usavam TARV regularmente, sem intercorrências clínicas e sem efeitos adversos da medicação. Herpes Zoster e tuberculose, foram as infecções com maior prevalência, 10,9 e 7,4% respectivamente.
Conclusão: Os indicadores se aproximaram da meta UNAIDS entre os que compareceram ao serviço. Entretanto, o controle da infecção dependeu principalmente da adesão à TARV e do manejo clínico de eventos adversos. Maior integração entre serviços da região pode facilitar o resgate destes pacientes.
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