22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE24 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - HIV/aids e outras ISTs (TODOS OS DIAS) |
36268 - AUMENTO DOS CASOS DE SÍFILIS GESTACIONAL NO BRASIL E SUAS IMPLICAÇÕES ECONÔMICAS ANA ISABEL BARROS PORPINO DO PRADO - UPE, MARCOS LORRAN PARANHOS LEÃO - UPE, FÁBIO HENRIQUE CAVALCANTI DE OLIVEIRA - UPE
Objetivo: demonstrar o crescimento da incidência da sífilis gestacional (SG) e congênita no Brasil, através da análise de dados da última década acerca dos casos de sífilis gestacional, bem como o aumento dos gastos do governo com esse assunto. Métodos: Trata-se de um estudo feito a partir da análise de dados disponíveis no site do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, sendo um estudo observacional ecológico quali-quantitativo. Resultados: os casos notificados de SG no território brasileiro aumentaram 86,5% entre 2015 e 2019. Já, o número de casos de nascidos vivos com sífilis cresceu de 10.070 para 61.127 (507%). Além disso, apenas 83,49% das gestantes tiveram sua primeira consulta pré-natal no primeiro trimestre de gravidez em 2015, momento recomendado para o diagnóstico da SG. Ainda, os gastos ambulatoriais relacionados a SG com a atenção básica cresceram de R$20.331.751,44 (2008) para R$30.854.513,25 (2015) (51,75%), enquanto os gastos hospitalares cresceram de R$808.951,44 (2008) para R$3.378.634,51 (2015) (317,65%). Isso revela uma má gestão para o diagnóstico eficiente da sífilis inicial, que deixa margem para complicações da doença e necessidade de atenção mais especializada. Conclusões: Os casos de SG têm crescido muito, fazendo com que o valor de sífilis neonatal acompanhe o crescimento. Associado ao aumento de casos e déficit no acompanhamento de todas as gestantes pelo pré-natal, os custos ambulatoriais e hospitalares para o tratamento da sífilis têm crescido. Contudo, o segundo apresentou um crescimento maior do que seis vezes ao do anterior.
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