22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE24 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - HIV/aids e outras ISTs (TODOS OS DIAS) |
37069 - DETECÇÃO DE SÍFILIS GESTACIONAL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: ANÁLISE DESCRITIVA
RAFAELA FERREIRA MENDES FREIRE - UFRJ, GRAZIELLA RODRIGUES COSTA - UFRJ, TAMIRES CARDOZO DINIZ - UFRJ, THAMIRES SOARES CARNEIRO - UFRJ, YAN DO ROSARIO NUNES - UFRJ, GERSON LUIZ MARINHO - UFRJ
Objetivos: descrever a ocorrência de sífilis em gestantes residentes no estado do Rio de Janeiro, no período de 2010 a 2019. Métodos: foram consultados dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC). Os casos de sífilis notificados foram caracterizados segundo idade e cor ou raça das gestantes. Resultados: comparado aos demais estados da região Sudeste, o Rio de Janeiro apresentou crescimento mais expressivo de ocorrência da doença, passando de 6,7 casos p/mil NV, em 2010, para 47,1 casos p/mil NV, em 2019. Ao longo da década observou-se aumento dos casos de acordo com todas as características incluídas na análise, com destaque para gestantes adolescentes (< 20 anos de idade) e aquelas de cor ou raça preta. Entre as adolescentes, a detecção de sífilis passou de 10,2 casos p/mil NV, em 2010, para 95,9 casos p/mil NV, em 2019. No decorrer de todo período, as chances de gestantes de cor ou raça preta terem sido diagnosticadas com sífilis foram quatro vezes superiores em comparação às brancas. Conclusão: convém esclarecer que sífilis é uma doença prevenível e tratável no âmbito da Atenção Primária à Saúde. Quando atingem as gestantes, as consequências para os recém-natos são irreversíveis e onerosas para famílias e o próprio sistema de saúde. Portanto, uma abordagem eficiente no acompanhamento pré-natal e no tratamento das gestantes e de seus parceiros opera como ponto chave no enfrentamento da epidemia de sífilis.
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