22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE25 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - Outras doenças transmissíveis (TODOS OS DIAS) |
37710 - LEPTOSPIROSE EM HUMANOS NO PARANÁ, UMA ANÁLISE ESPACIAL E AMBIENTAL
MELCA NICEIA ALTOÉ DE MARCHI - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, ANAIÁ DA PAIXÃO SEVÁ - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ, KARENINA MELO MIRANDA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ, FELIPPE DANYEL CARDOSO MARTINS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, GIOVANNA MISSAKI KUBO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, ARIELLE DA CUNHA SILVERIO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, ROBERTA LEMOS FREIRE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
Objetivo - O objetivo deste estudo foi realizar a análise espacial dos casos de leptospirose, correlacionando com dados ambientais no Paraná. Métodos - Foram pesquisados os casos de leptospirose em humanos de 2008 a 2018, tipos de solo, clima, altitude, temperatura e precipitação média anual. Os dados foram coletados de fontes abertas à consulta pública como SINAN, ITC e classificação climática de Koppen. Foi criado um banco de dados geo-codificado com todas as variáveis e calculado as proporções das variáveis de tipos de solo por município. Foram feitos o teste global e local uni e bivariado de Moran. Resultados - Dos 399 municípios do estado, 278 (69,7%) apresentaram casos de leptospirose nos 10 anos avaliados. A incidência média dos casos por município teve autocorrelação espacial positiva em 27,06% dos municípios (índice de Moran 0.196), evidenciando no mapa municípios com altas incidências (13,03%) e os municípios com baixa incidência e alto risco para a doença (5,76%). As incidências dos casos de leptospirose tiveram correlação espacial predominantemente positiva com solos argilosos, altitude, clima temperado e precipitação média e correlação espacial predominantemente negativa com solos de maior permeabilidade, clima tropical e com a temperatura, sendo que municípios com temperaturas mais altas, apresentaram menores incidências. Conclusões - A leptospirose tem autocorrelação espacial no estado do Paraná e correlação espacial com fatores ambientais como solos argilosos que acumulam água. Este trabalho também evidenciou uma particularidade do estado, a maior ocorrência da doença em municípios de temperatura mais fria e altitude mais elevada.
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