22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE26 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - Tuberculose (TODOS OS DIAS) |
32724 - DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA TB EM <15 ANOS E SUA RELAÇÃO COM A APS NO BRASIL (2012-2014)
EDSON DE ANDRADE NHAMUAVE - UFBA, JOILDA SILVA NERY - UFBA, SUSAN MARTINS PEREIRA - UFBA, MÁRCIO SANTOS DA NATIVIDADE - UFBA, JOSÉ UELERES BRAGA - UERJ, FLORISNEIDE RODRIGUES BARRETO - UFBA
Objetivo: Analisar o padrão de distribuição da incidência de tuberculose em menores de 15 anos e sua relação com a qualidade dos serviços de assistência à saúde ofertados. Método: Estudo ecológico tendo como unidade de análise municípios que participaram do II ciclo do PMAQ-AB e notificaram no SINAN pelo menos um caso novo de tuberculose em <15 anos entre 2012-2014. Construíram-se indicadores de qualidade das ações de prevenção e/ou detecção de tuberculose. Realizou-se análise espacial para identificar padrões de distribuição das taxas de incidência de tuberculose e empregou-se Índices Global e Local de Moran para analisar autocorrelação espacial e identificar clusters. Avaliou-se associação entre qualidade da atenção e incidência de tuberculose empregando-se o SEM (Spatial Error Models). Resultados:1074 municípios foram estudados e 7344 casos foram notificados em <15 anos. Observou-se autocorrelação positiva (I=0,39;p<0,001) da incidência de tuberculose entre municípios vizinhos. As regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-oeste apresentaram elevado número de clusters de municípios com padrão Alto-Alto. A incidência de tuberculose associou-se positivamente com cobertura da ESF (β=1,53;p=0,000), solicitação de radiografia de tórax (β=1,73;p=0,047), busca ativa de tuberculose (β=3,73;p=0,049) e negativamente com avaliação de risco e vulnerabilidade no acolhimento (β=-5,55;p=0,000), realização do TDO (β=-5,46;p=0,038), realização de grupos de orientação sobre doenças transmissíveis (β=-7,75;p=0,052). Conclusão: Associações entre incidência de tuberculose (<15 anos) e a qualidade da atenção à saúde evidenciam necessidade do fortalecimento de ações de educação permanente aos cuidadores, avaliação do risco e vulnerabilidade, diagnóstico e busca ativa de casos novos considerando a possibilidade de tuberculose em todas as visitas.
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