22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE26 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - Tuberculose (TODOS OS DIAS) |
36504 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS INDIVÍDUOS QUE ABANDONARAM O TRATAMENTO DA TUBERCULOSE NO PARANÁ MARCELLE SALDANHA DA SILVA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, UNIOESTE, MARCOS AUGUSTO MORAES ARCOVERDE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, UNIOESTE, ANA MARIA DE ALMEIDA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, UNIOESTE, RUBIA LAINE DE PAULA ANDRADE - ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO, EERP/USP, ADRIANA ZILLY - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, UNIOESTE, REINALDO ANTONIO SILVA-SOBRINHO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, UNIOESTE
Objetivo: descrever a proporção do abandono do tratamento dos casos novos de tuberculose ao longo do tempo e segundo suas características sociodemográficas, clínicas e epidemiológicas. Método: estudo descritivo composto por casos notificados de tuberculose tratados no Paraná que abandonaram o tratamento no período entre 2008-2017. Os dados provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), foram processados no software Microsoft Office Excel 2016 e abarcaram as seguintes variáveis: sexo, escolaridade, idade, zona de residência e forma clínica. Resultados: foram notificados 23.852 casos de tuberculose no estado, desses, 2.085 (8,7%) abandonaram o tratamento. Verificou-se predomínio de abandono em pessoas do sexo masculino (74,7%), baixa escolaridade (50,8%), faixa etária entre 30-39 anos (30,6%), domiciliados em áreas urbanas (88,3%) e forma clínica pulmonar (86,4%). Percebeu-se redução da proporção de abandono ao longo dos anos, saindo de 10,1% nos anos de maior proporção (2008 e 2009) para 6,5% (2015 e 2017), porém, nenhum dos anos estudados atingiu a meta de menos de 5% de desistência do tratamento como proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Conclusão: apesar do decréscimo, a proporção de abandono do tratamento de tuberculose no estado do Paraná ainda não atingiu a meta indicada pela OMS. Indivíduos do sexo masculino, jovens, com baixa escolaridade, domiciliados em áreas urbanas com a forma clínica pulmonar demonstraram maior predisposição ao abandono da terapêutica.
|