22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE26 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - Tuberculose (TODOS OS DIAS) |
36516 - DETERMINANTES DO DIAGNÓSTICO DE TUBERCULOSE PÓS-ÓBITO NO BRASIL GLAUCIA REBECA BARBOSA RAMOS - UFES, THIAGO NASCIMENTO DO PRADO - UFES, JOÃO PAULO COLA - UFES, ETHEL LEONOR NOIA MACIEL - UFES, ANA PAULA RODRIGUES COSTA - SESA, GEISA FREGONA CARLESSO - HUCAM/UFES
Objetivo: analisar os determinantes epidemiológicos e clínicos dos casos de TB com notificação pós-óbito no Brasil entre os anos de 2015 a 2018. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com base nos dados secundários disponibilizados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN. A população do estudo incluiu casos de óbito por tuberculose, notificados durante o tratamento ou apenas após o óbito no período entre 2015 e 2018. Resultados: No período do estudo foram notificados 357.128 casos de TB no Brasil. Foram incluídos 12.419 pacientes que morreram por tuberculose. A regressão logística mostrou que indivíduos que se declaram de raça parda, portadores de diabetes, pacientes que não realizaram radiografia de tórax, baciloscopia de escarro, em andamento e não realizada apresentaram maiores chances de notificação pós óbito quando comparado com outros tipos de notificação. Já indivíduos com mais de 8 anos de estudo, com a forma extrapulmonar, e com resultado negativo na cultura de escarro apresentaram menores chances para notificação pós óbito quando comparados com outros tipos de notificação. Conclusões: Os resultados representaram que a ocorrência de notificação apenas após o óbito deve-se a falhas no acesso às ferramentas de diagnóstico da doença. Este trabalho reforçou a importância de estudos que avaliem as razões para o atraso no diagnóstico e seus impactos, bem como a necessidade do fortalecimento de políticas que favoreçam o acesso aos mesmos, uma vez que já são disponíveis no sistema público de saúde brasileiro.
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