36862 - TUBERCULOSE: ESTUDO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO EM UNIDADE SECUNDÁRIA À SAÚDE EM BOTUCATU- SP RENAN MACIONIL COTRIM - FMB-UNESP, LUIZ FERNANDO NORCIA - FMB-UNESP, GABRIELA HIKARI TUKIYAMA - FMB-UNESP, DURVAL MATHEUS MAURINO - FMB-UNESP, ANTONIO RODRIGUES BUENO DA FONSECA - FMB-UNESP, WALTER VITTI JUNIOR - FMB-UNESP
Objetivos: Tuberculose é grave problema de saúde pública, em 2019 o Brasil teve 72 mil novos casos. Assim, pretende-se caracterizar o perfil clínico-epidemiológico dos portadores em unidade de atenção secundária à saúde em Botucatu/SP, fornecendo subsídios para melhor reorganização dos serviços de saúde.
Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo de abordagem quantitativa dos casos de tuberculose adultos e pediátricos atendidos no Centro de Saúde Escola, vinculado à Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP, de 2008 a 2020.
Resultados: Universo de 90 pacientes, média de idade 42 anos, 88,0 % brancos, 62,0% sexo masculino e 58,1% apenas ensino fundamental completo. 74,5% possuíam pelo menos um fator de risco para tuberculose, incluindo 28,9% tabagistas, 18,9 % etilistas e 15,5% profissionais da saúde, que, junto de trabalhadores da construção civil e vendedores, foram as profissões mais acometidas. Ademais, 90,0% eram casos novos, destes, 90,1% foram testados para HIV, enquanto no Brasil em 2019 foram testados 76,2%. Dos testados, 6,9% positivou, semelhante aos dados brasileiros. 53,3% realizaram a primeira baciloscopia de escarro, sendo que 58,3% positivaram. Dos casos novos, 69,1% possuíam a forma pulmonar, enquanto no Brasil foi 86,3%. O número de casos de retratamento por recidiva correspondeu a 8%, contudo a prevalência brasileira em 2019 foi 16,6%. Quanto ao encerramento do tratamento, a taxa de cura foi 81,5%, divergindo da taxa de 69,6% no Brasil em 2018, 7,4% abandonaram o tratamento, discretamente menor que do Brasil: 10,6%.
Conclusões: Esses dados irão auxiliar no desenvolvimento de estratégias para qualificar a atenção secundária nos portadores de tuberculose.
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