22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE26 - Epidemiologia das doenças transmissíveis - Tuberculose (TODOS OS DIAS) |
38158 - A TUBERCULOSE EM INDÍGENA EM ÁREA DE FRONTEIRA (2001 A 2018) NO ESTADO DO PARANÁ REGIANE BEZERRA CAMPOS - UNIOESTE, REINALDO ANTONIO SILVA-SOBRINHO - UNIOESTE, OSCAR KENJI NIHEI - UNIOESTE, AMÉLIA NUNES SICSÚ - UEA, MARCOS AUGUSTO MORAES ARCOVERDE - UNIOESTE, FABIO MUNIZ DE HOLANDA BENTO - USP, ELIANE PINTO DE GOES - UNIOESTE, PEDRO FREDEMIR PALHA - USP
Objetivos: Descrever o comportamento da tuberculose (TB) na população indígena de municípios do Paraná em área de fronteira no período de 2001 a 2018. Método: Estudo descritivo e quantitativo dos casos novos de tuberculose em indígenas da faixa de fronteira do Paraná, no período de 2001 a 2018. Foram utilizados dados secundários do Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão (e-SIC), Para a análise, utilizou-se a estatística descritiva. Resultados: Dos 139 municípios fronteiriços do estado do Paraná 22 apresentaram casos novos de TB no período de estudo; destes, 13 são municípios aldeados. Evidenciou-se que 48 (50%) dos 96 (100%) casos de TB do estudo resultaram de diagnósticos em 4 municípios aldeados, sendo que Nova Laranjeiras obteve 31 (32%) destes casos. Dos 96 casos de TB notificados, 72,9% realizaram TDO. Observou-se ainda que a doença tem atingido principalmente os indígenas residentes na zona rural (74%), do sexo masculino (59,3%), economicamente ativos (45,8%) e com ausência ou baixa escolaridade (68,8%), sendo a forma clínica pulmonar mais presente (88,5%). Somente 68,7% obtiveram a cura como situação de encerramento, não alcançando a meta de cura de 85% dos casos. Conclusões: Embora a TB seja uma doença milenar, ainda é um grave problema de saúde pública que aflige a população indígena e requer posicionamento político, com olhar diferenciado para comunidades vulneráveis, especialmente em regiões de fronteira e indígena.
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