22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE27 - Epidemiologia do curso de vida (TODOS OS DIAS) |
36404 - INSEGURANÇA ALIMENTAR ASSOCIADA À ABORTOS EM MULHERES DE ÁREAS VULNERÁVEIS A ARBOVIROSES ITALO WESLEY OLIVEIRA AGUIAR - UFC, ADRIANO FERREIRA MARTINS - UFC, CARLOS ERASMO SANHUEZA SANZANA - UFC, LÍVIA KARLA SALES DIAS - UFC, FRANCISCO MARTO LEAL PINHEIRO JÚNIOR - UFC, ROSANE DA SILVA SANTANA - UFC, LIGIA KERR - UFC, CARL KENDALL - TULANE UNIVERSITY
Objetivo: Determinar a associação entre Insegurança Alimentar (IA) e a ocorrência de abortos espontâneos e provocados em mulheres em idade fértil residentes de áreas vulneráveis a arboviroses. Método: Analisamos de forma transversal uma subamostra oriunda de um estudo de coorte realizado com mulheres em idade fértil com histórico de gravidez (N=909) residentes em áreas epidêmicas para arboviroses de Fortaleza. No período de fevereiro de 2018 a dezembro de 2019, aplicamos um instrumento para mensuração de IA pregressa e questionamos sobre o histórico de abortos em geral (AG), espontâneos (AE) e provocados (AP). Frequências absolutas e relativas de IA, AG, AE e AP foram determinadas. Realizamos três regressões de Poisson ajustadas por idade e classe econômica, tendo como variável independente IA e como variáveis dependentes AG, AE e AP. Estimamos razão de prevalências (RP), intervalo de confiança de 95% (IC95%) e teste de Wald com nível de significância alfa de 5%. Resultados: A prevalência de histórico de AG foi de 22,77% (n=207), AE 19,69% (n=179) e AP 3,30% (n=30). A magnitude de IA pregressa foi 60,95% (n=554). IA estava associada de forma estatisticamente significante com AG (RP=1,55; IC95%: 1,17–2,05; p=0,002) e AE (RP=1,57; IC95%: 1,16–2,13; p=0,003), não estando associada à AP (RP=1,55; IC95%: 0,66–3,63; p=0,315). Conclusão: A maior prevalência de IA em algum momento da vida nos grupos que vivenciaram AG e AE, ajustada por idade e classe econômica, evidencia a necessidade de maiores investigações acerca da relação entre IA pregressa e piores desfechos na gravidez.
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