22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE28 - Epidemiologia dos acidentes, violências e lesões físicas - Outras causas externas (TODOS OS DIAS) |
32922 - RISCO DE ACIDENTE ENVOLVENDO ANIMAIS AQUÁTICOS NO BRASIL, 1998-2017
CLAUDIO LUIZ PAIM DA SILVA - UFBA, TATIANE COSTA MEIRA - UFBA, YUKARI FIGUEROA MISE - UFBA
Objetivo: estimar a incidência de acidentes envolvendo animais aquáticos (ictismo) no Brasil, no período de 1998 a 2017. Método: estudo epidemiológico sobre casos de ictismo notificados ao Sistema de Informação e Agravos de Notificação (SINAN), de 1998 a 2017, no banco de dados de “Acidentes por animais peçonhentos”. A variável explorada foi “Tipo de Animal” (nº 38), até 2006, categoria “Peixes”. A partir de 2007 houve alteração da ficha de notificação fazendo com que a variável analisada passasse a ser “Tipo de Acidente” (nº 45), com os acidentes por animais aquáticos alocados na categoria “Outros”. Estimou-se a incidência do ictismo por município, anualmente e no período, considerando o número de casos por município e a população, de acordo com os dados do IBGE. Resultados: A incidência anual do ictismo no Brasil dobrou no período, passando de 3,1, em 1998, para 6,0 por 1.000.000 habitantes em 2017. A região Norte concentra os estados com maior incidência acumulada de ictismo no país, com destaque para o estado do Tocantins (84,9 por 1.000.000hab). A cidade com a maior incidência acumulada no período foi Pau D’arco-Tocantins, 1.843,5 casos a cada 1.000.000hab. Esta cidade passou de incidência de 0,0 em 1998 para 4.327,2 por 1.000.000hab em 2017. Conclusão: Houve aumento substancial e gradativo do risco desse agravo, possivelmente relacionado à melhoria da notificação, como também à maior procura e ao maior acesso aos serviços de saúde em diversos locais, trazendo luz à ocorrência desses acidentes na população.
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