22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE29 - Epidemiologia dos acidentes, violências e lesões físicas - Violência autoinflingida (TODOS OS DIAS) |
33599 - ANÁLISE DA VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA EM TODOS OS CICLOS DA VIDA NO BRASIL, 2009 A 2017 LAÍS EDUARDA SILVA DE ARRUDA - UFPE, JONATHAN WILLAMS DO NASCIMENTO - UFPE, MARCELO VICTOR DE ARRUDA FREITAS - UFPE, ISADORA SABRINA FERREIRA DOS SANTOS - UFPE, LUÍS ROBERTO DA SILVA - UFPE, MATHEUS LUCAS VIEIRA DO NASCIMENTO - UFPE, MARIA GRAZIELE GONÇALVES SILVA - UFPE, RICARDO JOSÉ FERREIRA - IFPB, EMÍLIA CAROLLE AZEVEDO DE OLIVEIRA - FIOCRUZ
Objetivos: Analisar os casos de lesões autoprovocadas no Brasil, 2009-2017. Método: Estudo epidemiológico descritivo com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (2009-2017) analisados no Excel 2016® e R 6.3.1. Realizou-se um teste Qui-Quadrado de homogeneidade para verificar se o no de autolesão possui diferença entre as diversas categorias de variáveis estudadas, adotando a significância estatística de 5% (p< 0,05). Resultados: Identificaram-se 255.290 casos de violência autoprovocada (2009-2017) no Brasil com maior concentração no Sudeste (50,18%), Sul (25,44%), Nordeste (12,90%), Centro-Oeste (7,33%) e Norte (4,13%). A maior elevação da variação percentual no país ocorreu em 2012-2013 (163%). E os coeficientes de incidência por 100.000 habitantes/ano foram: 2,05 (2009) e 32,83 (2017). A maioria dos acometidos foram do sexo feminino (66,45%), 20-29 anos (26,79%), cor branca (49,35%), escolaridade de 5ª-8ª incompleta (14,45%), sem ‘repetição de violência’ (43,64%), sendo o ‘meio de agressão’ mais utilizado o envenenamento (49,59%) ocorrido na residência (79,69%). O teste de qui-quadrado corroborou que o no de autolesão possuiu diferença segundo a proporção de registros das categorias destas variáveis (p<0,01). Conclusão: O aumento dos casos de violência autoprovocada pode denotar uma melhor estruturação do sistema de vigilância e rede de atenção à saúde, expressando uma maior sensibilidade sobre esta problemática no país. Esse tipo de violência atinge mais a população feminina de baixa escolaridade, configurando a necessidade do diálogo no âmbito social e familiar. Assim, são necessárias estratégias de intra e intersetorialidade para transversalizar a saúde e garantir a integralidade do cuidado com a proteção social.
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