22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE30 - Epidemiologia dos acidentes, violências e lesões físicas - Violências de trânsito (TODOS OS DIAS) |
37714 - MORTALIDADE SOBRE DUAS RODAS: ANÁLISE DOS ACIDENTES MOTOCICLÍSTICOS NO BRASIL VITÓRIA DE PAULA MACHADO SANTOS - UFF, GABRIELA QUARESMA VASCONCELOS - UFF, LETÍCIA HOFACKER DE ABREU KOCH - UFF, SANDRA VITÓRIA THULER PIMENTEL - UFF, ESTHER SERMAN CASTRO E SILVA - UFF, HELIA KAWA - UFF, EDNA YOKOO - UFF
Objetivos: Analisar a mortalidade por acidentes motociclísticos no Brasil, no período anterior e durante a Década de Ação pela Segurança no Trânsito, respectivamente, 2001-2010 e 2011-2019.
Métodos: Estudo de série temporal com dados do DATASUS, IBGE e DENATRAN. Utilizou-se o software Joinpoint para analisar as tendências, considerando p-valor=0,05.
Resultados: Os óbitos de motociclistas corresponderam a 30% dos óbitos por acidentes de transporte no Brasil, no período de 2011-2019 (107.373 óbitos) e ocupam o primeiro lugar desse ranking, sendo 21,2% destes devido à colisão com automóvel, pickup ou caminhonete. De 2001-2007, a mortalidade de motociclistas aumentou 15,7%/ano (IC: 14,1; 17,3), e de 2007-2012 cresceu 7,9%/ano (IC: 5,2; 10,8), passando de 1,8/100.000 habitantes (2001) para 6,43 (2012). Já de 2012-2019 nota-se a diminuição de 2,3%/ano (IC: -3,4; -1,8), chegando a 5,32 (2019). Durante a década, houve redução de 5,2%/ano (IC: -6; -4,5) dos óbitos por frota no Brasil, apesar do aumento de 54,5% na frota nacional de motocicletas. A Região Sudeste, que apresentou a maior frota motociclística em 2019 (8.702.686 motos), registrou a menor taxa de mortalidade (3,2/100.000 habitantes), e o Nordeste apresentou a mais alta (7,6). As maiores vítimas foram os homens pardos entre 20-29 anos, cuja taxa de mortalidade por acidentes motociclísticos (10,7/100.000) foi quase 10 vezes maior que a das mulheres (1,2/100.000).
Conclusões: Observou-se redução da taxa de mortalidade por acidentes motociclísticos e por frota, na década de 2011-2019. Contudo, as estradas brasileiras permanecem muito perigosas para os motociclistas, principalmente para homens pardos e jovens.
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