22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE30 - Epidemiologia dos acidentes, violências e lesões físicas - Violências de trânsito (TODOS OS DIAS) |
37894 - MORTALIDADE POR VIOLÊNCIAS INTERPESSOAIS EM ADOLESCENTES E JOVENS NA AMÉRICA LATINA HENNY LUZ HEREDIA MARTÍNEZ - ENSP/FIOCRUZ, ELIZABETH ARTMANN - ENSP/FIOCRUZ
Objetivo: Explorar as taxas de mortalidade específicas por violência interpessoal (VI) para sub-regiões e países da América Latina (AL) entre 1990 e 2017, desagregadas por sexo/idade e quantificar a carga de danos em termos de mortalidade, utilizando as estimativas do Estudo Carga Global de Doença (GBD-2017). Método: Estudo epidemiológico exploratório da mortalidade por VI na população adolescente/jovem (10-29 anos), nos 17 países da AL a partir das estimativas do GBD-2017. Resultados: Em 1990, a AL concentrou 34% das mortes globais por VI no grupo de 10-29 anos. Para 2017, este percentual aumentou em 14 pontos. Nas sub-regiões Central/Tropical ocorreram 95% destes óbitos. Nos anos 1990 e 2017, quatro países (Brasil/México/Venezuela/Colômbia) acumularam 86% dos homicídios. Para 2017, o grupo de 20-24 apresentou maior risco de morrer por VI em todas as sub-regiões. No grupo de 15-19 anos, a taxa da sub-região Tropical foi 7,6 vezes a da Andina. O risco de morrer por VI no grupo de 10-14 anos foi maior em sete países das sub-regiões Central/Tropical, com taxas que superam a média global entre 4 e 9,7 pontos. Em todos os grupos as taxas de mortalidade por VI no sexo masculino são superiores às do feminino. Na Venezuela no grupo de 20-24/sexo masculino a taxa foi 24 vezes a do feminino. Conclusões. Um desafio é reconhecer a magnitude da violência interpessoal na população adolescente/jovem, sua distribuição desigual e priorizar o investimento para garantir a saúde deste grupo. O GBD pode apoiar o monitoramento de políticas públicas de prevenção da violência.
|