22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE31 - Epidemiologia dos acidentes, violências e lesões físicas - Violências interpessoais, comunitárias e familiares (TODOS OS DIAS) |
35728 - A VIOLÊNCIA EM CRIANÇAS NOS PRIMEIROS MESES DE ISOLAMENTO SOCIAL PELA COVID-19 NO AMAZONAS LUCÉLIA SOARES DE MENEZES TAVARES - FAMETRO, MICHELLE SILVA DE OLIVEIRA - FAMETRO, BARBARAH BENTES ALBUQUERQUE - FAMETRO, GIOVANNA LIMA DA COSTA - FAMETRO, LARISSA PEREIRA DUARTE - FAMETRO, MÁRCIA CRISTINA GOMES DOS ANJOS - FAMETRO, LEÍSE GOMES FERNANDES - FVS, ERIAN DE ALMEIDA SANTOS - FVS
Objetivos: Descrever a situação epidemiológica da violência em crianças e adolescentes nos primeiros meses de isolamento social pela Covid-19 no Amazonas em 2020. Métodos: Os dados foram obtidos do SINAN, sendo as duplicidades e inconsistências previamente tratadas. Foram descritos os casos de violência no período de março a junho de 2020 e as variáveis analisadas foram: faixa etária, sexo, raça/cor, sexo do autor da violência, relação do agressor com a vítima, tipo de agressão, local de ocorrência e tipo de violência. As análises foram desenvolvidas no software Tableau Desktop 2021.1 e Microsoft Office Excel 2013. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer nº 4.181.784. Resultados: Em 2020, a violência em crianças ocorreu principalmente na faixa etária de 0 a 3 anos com 56,8% (91/160), no sexo feminino com 60,0% (96/160) e em pardas com 79,0% (125/160). Os autores da agressão foram principalmente homens com 47,2% (67/142). Sobre a relação da vítima com o agressor, a mãe e o pai foram os principais responsáveis com 41,6% (72/173 casos) e 24,9%, respectivamente. A agressão por força ocorreu em 19,8% dos casos (23/116), principalmente nas residências 58,7% (88/150). Os tipos de violência mais comuns foram a física com 32,3% (21/65), seguido do abandono/negligência com 24,6% (16/65) e sexual com 20,0% (13/65). Na violência sexual houve predomínio de estupro com 65,1% (41/63). Conclusões: Conclui-se que houve um aumento em todas as variáveis encontradas em 2020 em relação ao mesmo período do 2019. Ressaltando a importância da notificação para monitorização dos casos de agressão infantil para possíveis intervenções.
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