22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE31 - Epidemiologia dos acidentes, violências e lesões físicas - Violências interpessoais, comunitárias e familiares (TODOS OS DIAS) |
35729 - A PANDEMIA DE COVID-19 E A VIOLÊNCIA SEXUAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO AMAZONAS LARISSA PEREIRA DUARTE - FAMETRO, BARBARAH ALBUQUERQUE BENTES - FAMETRO, MÁRCIA CRISTINA GOMES DOS ANJOS - FAMETRO, GIOVANNA LIMA DA COSTA - FAMETRO, MICHELLE SILVA DE OLIVEIRA - FAMETRO, LUCÉLIA SOARES DE MENEZES TAVARES - FAMETRO, LEÍSE GOMES FERNANDES - FVS, ERIAN DE ALMEIDA SANTOS - FVS
Objetivos: Caracterizar os casos de violência sexual em crianças e adolescentes no Amazonas de março a junho de 2019 e de 2020. Métodos: Os dados foram coletados do SINAN e verificadas as duplicidades e inconsistências. As variáveis analisadas foram: faixa etária, sexo da vítima, raça/cor, relação do agressor com a vítima, local da ocorrência, tipo de agressão e formas de violência sexual. As análises foram realizadas no Tableau Desktop e Microsoft Excel. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (parecer nº 4.181.784). Resultados: Foram notificados 524 casos em 2019 e 240 em 2020, uma redução de 54%. A faixa etária mais acometida foi 10 a 14 anos com 51% em 2019 e 55% em 2020, sexo feminino com mais de 90% em ambos os períodos, pardos com 78% em 2019 e 81% em 2020, fundamental incompleto com 73% em 2019 e 77% em 2020. Os principais agressores relacionados com a vítima foram amigos/conhecidos com 27% em 2019 e 23% em 2020, o local de ocorrência residência foi predominante nos dois períodos. A agressão por força física ocorreu em 43% dos casos em 2019 e 38% em 2020. Sobre o tipo de violência sexual, o estupro foi predominante com 69,7% em 2019 e 69,0% em 2020, seguido do assédio sexual com 20,5% em 2019 e 21,7% em 2020. Conclusões: A redução na notificação da violência sexual neste grupo em 2020 pode ser reflexo do isolamento social. Por isso, deve-se intensificar as estratégias de prevenção deste agravo no Amazonas.
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