22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE31 - Epidemiologia dos acidentes, violências e lesões físicas - Violências interpessoais, comunitárias e familiares (TODOS OS DIAS) |
35960 - VIOLÊNCIA NA VIZINHANÇA E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM ADOLESCENTES DO RIO DE JANEIRO CLAUDIA REIS MILIAUSKAS - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL/ UERJ. FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS / UERJ., NATÁLIA HELLWIG - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL/ UERJ., WASHINGTON JUNGER - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL/ UERJ., KATIA VERGETTI BLOCH - INSTITUTO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA / UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, CLAUDIA DE SOUZA LOPES - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL/ UERJ.
Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar se residir em locais com índices mais altos de criminalidade está associado a maior chance de TMC; e se gênero, idade e raça modificam o efeito desta associação. Métodos: A população consistiu em 1686 adolescentes, participantes do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), residentes no município do Rio de Janeiro em 2013/2014. As variáveis de exposição foram avaliadas através de três índices de criminalidade: crimes contra o patrimônio, crimes contra a vida letais e crimes contra a vida não letais. Foi realizada análise espacial a partir dos endereços dos adolescentes e testadas as associações através de modelos de regressão logística. Resultados: os Odds Ratios (OR) para ocorrência de TMC foram maiores entre adolescentes que vivem em regiões mais violentas quando considerados os três tipos de crimes, sendo os ORs e respectivos intervalos de confiança de 95%: 2,97 (1,97-4,50) para crimes contra o patrimônio, 2,46 (1,54-3,93) para crimes não letais, e 2,35 (1,65-3,34) para crimes letais. Os ORs foram maiores entre meninas, em comparação a meninos, adolescentes mais velhos em relação aos mais novos e em negros quando comparados aos não negros, também para os três tipos de crimes. Conclusão: este estudo mostrou uma associação entre residir em áreas mais violentas e maior chance de TMC. A identificação dos fatores de risco para TMC em adolescentes é de suma importância, pois pode servir como guia para profissionais da assistência e gestores na implementação de intervenções preventivas, terapêuticas e formulação de políticas públicas.
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