22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE31 - Epidemiologia dos acidentes, violências e lesões físicas - Violências interpessoais, comunitárias e familiares (TODOS OS DIAS) |
35983 - HOMICÍDIOS EM MULHERES NO BRASIL E REGIÕES GEOGRÁFICAS :EFEITO DA IDADE -PERÍODO E COORTE
KARINA CARDOSO MEIRA - UFRN, JULIANO DOS SANTOS - INCA, PEDRO GILSON DA SILVA - HUOL/UFRN, EDER SAMUEL OLIVEIRA DANTAS - HUOL/UFRN, DANIEL CARDOSO PORTELA CÂMARA - LABORATÓRIO DE MOSQUITOS TRANSMISSORES DE HEMATOZOÁRIOS - LATHEMA, INSTITUTO OSWALDO CRUZ, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, RIO DE JANEIRO, BRASIL. 5. NÚCLEO OPERACIONAL SENTINELA DE MOSQUITOS VETORES - NOSMOVE, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, RIO DE JANEIRO, BRASIL., WEVERTON THIAGO DA SILVA RODRIGUES - UFRN, TAYNÃNA CÉSAR SIMÕES - NESPE-IRR
Objetivo: analisar os efeitos de idade-período e coorte de nascimento (APC) nos homicídios de mulheres nas regiões geográficas brasileiras, no período de 1980 a 2019. Método: Estudo ecológico, em que foram utilizados modelos APC por meio de funções estimáveis. As taxas de homicídios em mulheres, para cada região estudada, foram padronizadas pelo método direito, após correção dos registros de óbitos quanto à qualidade da informação e à subnotificação. Além disso, obtiveram-se dados segundo raça/cor, local de ocorrência e meio pelo qual a agressão foi perpetrada. Resultados: As taxas padronizadas médias de mortalidade por 100 mil mulheres foram de 7,65 na região Centro-Oeste, 7,61 na Norte, 6,38 na Nordeste, 5,87 na Sudeste, e 4,21 na Sul. Verificou-se redução do risco de morte no quinquênio de 2015 a 2019, exceto na região Norte (RR=1,17, IC 95% 1,10- 1,24). Ainda, observou-se aumento progressivo do risco de morte para as mulheres nascidas após a década de 1950, em todas as regiões brasileiras (p≤0,05). Com exceção da região Sudeste, houve redução do risco para mulheres de coortes mais jovens, devido à diminuição do risco de morte nos anos 2000. Verificou-se também maior proporção de óbitos em mulheres negras, ocorridos no domicílio e por armas de fogo. Conclusões: Evidenciou-se aumento progressivo do risco de morte por este agravo, sobretudo para mulheres nascidas a partir da década de 1960. Tal realidade sinaliza para a falta de efetividade das políticas implementadas no que diz respeito à proteção das mulheres em situação de violência.
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