22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE31 - Epidemiologia dos acidentes, violências e lesões físicas - Violências interpessoais, comunitárias e familiares (TODOS OS DIAS) |
36360 - A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: UM CENÁRIO PERSISTENTE NA SOCIEDADE BRASILEIRA MARIA ALICE BARBOSA DA SILVA - UFPE, GABRIELA GOMES DA SILVA LIRA - UFPE, TATHYANA CRISTINA SILVA ALVES - UFPE, VIVIAN MANUELA CORDEIRO - UFPE, LUIS ROBERTO DA SILVA - UFPE, ISADORA SABRINA FERREIRA DOS SANTOS - UFPE, ARIANNE KARLA FERREIRA TAVARES - UFPE, MARIA GRAZIELE GONÇALVES SILVA - UFPE, JONATHAN WILLAMS DO NASCIMENTO - UFPE, LIVIA TEIXEIRA DE SOUZA MAIA - UFPE
Objetivos: Descrever os casos de violência contra a mulher registrados no Brasil, no período de 2009 a 2017. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, de abordagem quantitativa, a partir de dados secundários disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação no período de 2009 a 2017. Resultados: Entre 2009 e 2017, foram registrados 1.091.264 notificações de casos de violência contra mulher no território brasileiro. Em 2009, 27 a cada 100 mil mulheres foram vítimas de violência, enquanto em 2017 esse número teve um aumento percentual de cerca de 670%, indo para 210 casos de violência contra mulher a cada 100 mil mulheres. Os estados Mato Grosso do Sul, Acre e Tocantins lideraram o ranking dos estados mais violentos do país para as mulheres, mais da metade das vítimas possuíam entre 15 e 39 anos, 34% das vítimas eram pardas. A violência acontece principalmente na residência das vítimas (64%), os principais tipos de violência denunciadas foram: violência psicológica, discriminação e violência física, sendo os parceiros íntimos, familiares e conhecidos das vítimas os principais responsáveis pela agressão. Conclusões: A violência contra a mulher é um problema de saúde pública de proporções epidêmicas no Brasil, a prevenção e o enfrentamento da violência contra a mulher passam necessariamente pela criação de políticas públicas que visem a segurança e redução das desigualdades de gênero, e o engajamento de diferentes setores da sociedade, para garantir que todas as mulheres e meninas tenham acesso ao direito básico de viver seguras sem violência.
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