22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE31 - Epidemiologia dos acidentes, violências e lesões físicas - Violências interpessoais, comunitárias e familiares (TODOS OS DIAS) |
36938 - VIOLÊNCIA INTERPESSOAL/ AUTOPROVOCADA NA PERSPECTIVA DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL MARINA MARIA BALTAZAR DE CARVALHO - SMS RIO DE JANEIRO, SILVANA COSTA CAETANO - SMS RIO DE JANEIRO, JAMILA FERREIRA MIRANDA DOS SANTOS - SMS RIO DE JANEIRO, MARIANA RAMOS GUIMARÃES FERREIRA DE ALMEIDA - SMS RIO DE JANEIRO, FLAVIO DIAS DA SILVA - SMS RIO DE JANEIRO, MICHELE DE SOUZA CEZAR - SMS RIO DE JANEIRO
Introdução: violência é um fenômeno atual, que se relaciona com diferentes fatores. No que se refere a orientação sexual e identidade de gênero as informações divulgadas ainda são negligenciadas, o que revela um discurso conservador que contribui para a manutenção do privilégio de alguns, excluindo mulheres, negros, pobres e população LGBT. Objetivo: analisar o preenchimento das variáveis orientação sexual e identidade de gênero na ficha de violência interpessoal/ autoprovocada do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Métodos: estudo descritivo de residentes no município do Rio de Janeiro, no período de 2015 a 2020. Foram utilizadas frequência bruta e proporcional das variáveis selecionadas no instrumento de notificação. Resultados: entre os anos de 2015 e 2020, no que se refere à orientação sexual, destaca-se o heterossexual (n=28.107/ 38,7%), homossexual (n=1.331/ 1,8%), bissexual (n=371/ 0,5%) e não se aplica (n=15.746/ 21,7%). Quanto à variável identidade de gênero, destaca-se a transexual mulher (n=288/ 0,4%), transexual homem (n=80/ 0,1%), travesti (n=84/ 0,1%) e não se aplica (n=41.494/ 57,1%). A incompletude (ignorado/em branco) é de 37,1% e de 42,2% para orientação sexual e identidade de gênero, respectivamente. Conclusão: o investimento em um instrumento com campos relativos à orientação sexual e identidade de gênero é relevante, porém o investimento na qualidade de preenchimento é uma necessidade e passa pela sensibilização das equipes multiprofissionais envolvidas na atenção às pessoas em situação de violência. A informação qualificada mobiliza espaços de gestão e formulação de políticas públicas, além de empoderar o movimento LGBTQI+.
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