22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE31 - Epidemiologia dos acidentes, violências e lesões físicas - Violências interpessoais, comunitárias e familiares (TODOS OS DIAS) |
37481 - A INVISIBILIDADE DA VIOLÊNCIA NO CONTEXTO DA PANDEMIA EM PALMAS, TOCANTINS
DYEKSMAR FONSECA MACIEL - FUNDAÇÃO ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DE PALMAS, ALINE LIMA MEDEIROS - FUNDAÇÃO ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DE PALMAS, LAURIANE DOS SANTOS MOREIRA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PALMAS, LORENNA MARTINS DA SILVA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PALMAS, SILVÂNIA DE JESUS SILVA - FUNDAÇÃO ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DE PALMAS
Resumo
Objetivos: Discutir a redução do número de notificações de violência interpessoal e autoprovocada no contexto da pandemia da Covid – 19 em Palmas – TO.
Métodos: Foram analisados os dados quantitativos de violência entre os anos de 2019 e 2020 coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).
Resultados: Em 2019 foram notificados 1058 casos de violência interpessoal e autoprovocada em Palmas – TO. Em 2020 houve uma redução, sendo o total de 901 notificações. Quanto ao panorama geral da violência, a partir do advento da pandemia no mês de abril, foi identificada a redução em 26,4% das notificações, quando comparadas ao mesmo período de 2019. Em 2020 os meses nos quais ocorreram o maior número de notificações foi o período pré-pandemia, sendo março com mais casos, 11,65% do total. Destaca-se que jovens de 20 a 29 anos foram 24,9% das vítimas, seguidos dos adolescentes entre 15 a 19 anos, com 16,7%. Há predominância do sexo feminino no ano de 2020, correspondendo a 77,6% (n=700) das notificações.
Conclusões:
O estado de calamidade pública deflagrado pela pandemia da Covid - 19 dificultou o acesso aos serviços de saúde, impactando no número de notificações, especialmente no início de 2020. A redução dos números não necessariamente configura-se como um ponto positivo. Uma das hipóteses é a subnotificação dos casos, a qual impacta diretamente na análise dos dados e no planejamento de estratégias de enfrentamento da violência. Mesmo com a queda nas notificações, se manteve constante o sexo feminino como aquele mais sujeito à violência.
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