22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE31 - Epidemiologia dos acidentes, violências e lesões físicas - Violências interpessoais, comunitárias e familiares (TODOS OS DIAS) |
38110 - ANÁLISE ECOLÓGICA DOS HOMICÍDIOS NO BRASIL E SUA ASSOCIAÇÃO COM OS NÍVEIS DE IMPUNIDADE FELIPE SOUZA DREGER NERY - UEFS E FADBA, PAULO NADANOVSKY - ENSP/FIOCRUZ E IMS/UERJ
Objetivo: avaliar o índice de impunidade (relação entre o número de homicídios e o número de presos) como preditor para a variação das taxas de homicídio entre os estados brasileiros. Métodos: estudo ecológico com base em dados de homicídios do SIM e dados prisionais do INFOPEN. Para os desfechos, foram consideradas, em separado, a taxa de homicídio geral e a taxa de homicídio em homens jovens (20 e 29 anos), por 100 mil. As variáveis preditoras, analisadas em separado, foram o índice de impunidade geral e do homicídio, sendo a primeira calculada com base no total de presos, e a segunda, considerando os presos por homicídio. Outras variáveis foram analisadas, tais como o percentual de homens jovens (20 a 29 anos), expectativa de vida, índice de Gini, entre outras. Na análise bivariada foram estimados os coeficientes de correlação de Pearson e, na análise ajustada, foi utilizado o modelo de regressão binomial negativa. Resultados: Santa Catarina representou o estado com as menores taxas de homicídio para a população geral e para o subgrupo de homens jovens (12,8 e 38,1, respectivamente). Em contrapartida, Alagoas apresentou as maiores taxas (62,8 e 263,4). O índice de impunidade geral variou de 0,3 (Acre e São Paulo) a 3,2 (Bahia). Já em relação a impunidade do homicídio, destacaram-se: Rio de Janeiro (57), Mato Grosso (40,1) e Bahia (24,9). O índice de impunidade geral foi a variável que apresentou maior força de associação seguida pela proporção da população preta. Conclusão: os homicídios aumentam à medida que a impunidade aumenta.
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