22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE31 - Epidemiologia dos acidentes, violências e lesões físicas - Violências interpessoais, comunitárias e familiares (TODOS OS DIAS) |
38222 - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER EM UM MUNICÍPIO DO SUL DO BRASIL BRUNA MURARO VANASSI - UNISUL, LALUCHA MAZZUCCHETTI - UNISUL, VIVIANE PESSI FELDENS - UNISUL, BETINE PINTO MOEHLECKE ISER - UNISUL
Objetivo: caracterizar os casos de violência doméstica contra a mulher registrados em Tubarão/SC, em 2019. Métodos: estudo transversal com dados secundários oriundos de registros da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso. Foram investigadas informações sobre vítimas, agressores e atos violentos. Resultados: Analisou-se 218 registros. A mediana de idade das vítimas foi de 35,8 (P25: 28,16; P75: 42,72) anos e, dos agressores, 36,9 (P25: 29,86; P75: 46,37) anos. Destes, 97,7% eram homens, 28,4% fizeram uso de droga ilícita e 36,2% de bebida alcoólica previamente à agressão. A maior parte das vítimas possuiu carteira assinada (33,81%), profissão específica serviços gerais (22,55%). Em relação aos agressores, sobressaiu-se o trabalho informal/autônomo (40,00%). Das vítimas, 31,2% tinham instrução até “fundamental- incompleto” e, dos agressores, 31,8% nível “médio-completo”; 58,3% dos atos foram cometidos por ex-companheiros, 50,9% tiveram caráter de repetição e 58,5% aconteceram na própria residência. A data da agressão coincidiu com a data de registro da violência em 53,67% dos casos. A violência física (46,9%) e a ameaça (32,6%) tiveram destaque. Conclusão: a maior parte das agressões foram praticadas por homens jovens e conhecidos das vítimas, também jovens e solteiras, na própria residência. As vítimas em sua maioria possuem carteira assinada, enquanto que os agressores são trabalhadores informais/autônomos. Além disso, percebe-se que os agressores tiveram maior escolaridade em comparação às vítimas. A maioria das agressões tiveram caráter de repetição presente, sendo a violência física e o crime de ameaça prevalentes.
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