22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE32 - Epidemiologia em subgrupos populacionais específicos - Saúde da população de migrantes e refugiados (TODOS OS DIAS) |
36539 - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE MIGRANTES VENEZUELANOS NO BRASIL: UM ESTUDO TRANSVERSAL IARALYZ FERNANDES FARIAS - UERJ, MANUEL GUILHERME DE VOOGHT - UERJ, JULIANA ARAUJO - UERJ, ANETE TRAJMAN - UERJ, EDUARDO FAERSTEIN - UERJ, PAULO NADANOVSKY - UERJ
Objetivo: Descrever a qualidade de vida (QV) de migrantes venezuelanos no Brasil. Métodos: Estudo descritivo com coleta de dados primários, iniciada em outubro/2020, através de questionário online autopreenchível estruturado. A QV foi medida com a versão espanhola do instrumento abreviado da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-BREF). Foram elegíveis venezuelanos maiores de 18 anos, recrutados via curso de português (Cáritas/RJ e UERJ); contatos com as Cátedras Sérgio Vieira de Mello; e divulgação em mídias sociais. Foram calculadas, na escala 0-100, as pontuações médias e os desvios padrão (DP) para o item QV geral, os quatro domínios da QV e as suas respectivas 24 facetas. Quanto maiores tais pontuações, melhor a QV. Aqueles que responderam menos de 80% dos itens foram excluídos. Resultados preliminares: Até 02/05/2021, de 314 respondentes, seis foram excluídos. Dentre os 308 incluídos, 66% eram mulheres, com idade média de 37 anos, 38% com autorização de residência por prazo determinado, 16% moravam no Amazonas e 19% em Roraima. A pontuação média da QV foi de 45 (DP:22) e 17% autoperceberam sua QV como boa ou muito boa. Os domínios “relações sociais” e “psicológico” apresentaram a maior pontuação, 64 (DP:24 e 17, respectivamente), e o domínio meio ambiente a menor, 56 (DP:15). A faceta melhor avaliada foi “mobilidade” (87), a pior foi “recursos financeiros” (25). Conclusões: A QV dos venezuelanos no Brasil é frágil. O componente que mais contribui para a baixa QV é a escassez de recursos financeiros. A pandemia de COVID-19 pode explicar parte deste achado.
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