22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE34 - Epidemiologia em subgrupos populacionais específicos - Saúde da população indígena (TODOS OS DIAS) |
33889 - DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS DE INDÍGENAS RESIDENTES NAS METRÓPOLES DA REGIÃO NORTE
GERSON LUIZ MARINHO - UFRJ, MARDEN CAMPOS - UFMG, DIEGO MACEDO - UFMG, FELIPE GUIMARÃES TAVARES - UFF
Objetivo: Descrever indicadores sociodemográficos dos indígenas residente em regiões metropolitanas do Norte do Brasil.
Métodos: Estudo ecológico realizado a partir do Atlas do Desenvolvimento Humano e de Dados dos Setores Censitários, ambos gerados a partir do Censo Demográfico 2010, sendo apenas os setores apresentavam informações sobre cor ou raça da população. Após compatibilização das fontes, Unidades de Desenvolvimento Humano (UDH) com, pelo menos, um indígena, foram selecionadas nas RM Manaus (N = 202) e Belém (N = 202). As proporções de indígenas foram relacionadas às de brancos, pretos e pardas, às taxas de mortalidade infantil, fecundidade total, taxa de analfabetismo e saneamento básico inadequado.
Resultados: Na RM de Manaus residiam 6.817 indígenas (0,34% da população total) e na RM Belém, 3.496 indígenas (0,16%). Em Manaus, a presença de indígenas estava relacionada a baixos índices de desenvolvimento humano, com elevada mortalidade infantil e domicílios com saneamento inadequado. Em contrário, na RM de Belém, os indígenas residiam em locais com melhores condições de vida, com correlações de direções opostas à presença de pardos, TMI, fecundidade, analfabetismo e saneamento inadequado, indicando melhores condições de vida.
Conclusões: A presença de indígenas nas duas metrópoles da região Norte apresentou características distintas quanto às condições de vida. Enquanto na RM de Belém, os indígenas residiam em locais com condições próximas aos brancos, com melhores condições socioeconômicas, na RM de Manaus, as condições eram menos favoráveis, se aproximando das condições de vida de pretos e pardos.
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