34005 - MORTALIDADE EM INDÍGENAS NO BRASIL NOS ANOS 2000 E 2018
FRANCIELLE THALITA ALMEIDA ALVES - UFMG, LUIS HENRIQUE PRADO CARNEIRO - UFMG, ANA CAROLINA MICHELETTI GOMIDE NOGUEIRA DE SÁ - UFMG, ELTON JUNIO SADY PRATES - UFMG, ALANNA GOMES DA SILVA - UFMG, LAÍS SANTOS DE MAGALHÃES CARDOSO - UFMG, FABIANA MARTINS DIAS DE ANDRADE - UFMG, DEBORAH CARVALHO MALTA - UFMG
Objetivo: Analisar a mortalidade indígena no Brasil nos anos 2000 e 2018. Métodos: Estudo dos dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, comparando a mortalidade proporcional entre indígenas e não indígenas, segundo faixa etária, sexo e causa básica da CID-10. Resultados: Nos anos analisados, a mortalidade proporcional entre indígenas foi mais elevada. Em menores de 1 ano, atingiu 15,32%, em 2000, e 16,22%, em 2018, e nos não indígenas 7,18% e 2,68%, respectivamente. A proporção de óbitos a partir de 50 anos entre indígenas, em 2000, foi 47% e, em 2018, 52,3%, e em não indígenas foi 66,85% e 79,36%. Em 2018, nos indígenas, 22,55% dos óbitos ocorreram em homens entre 20 e 49 anos e 56% em mulheres acima de 50 anos. As principais causas de morte em indígenas menores de 1 ano, em 2018, foram: afecções perinatais (39,36%), doenças respiratórias (11,87%) e infecciosas (10,13%). Essas mesmas causas em não indígenas menores de 1 ano, foram: 58,2%, 4,27% e 3,73%, respectivamente. Em indígenas acima de 50 anos, predominaram doenças do aparelho circulatório (28,6%), respiratório (15,38%) e neoplasias (14,61%) e em não indígenas essas mesmas causas foram de 31,49%, 13,62% e 19%, respectivamente. Conclusões: As desigualdades na mortalidade entre indígenas são expressivas e não tiveram melhoras de 2000 a 2018. Adultos indígenas morrem precocemente. Observa-se a tripla carga de doença na população indígena, coexistindo doenças crônicas, infeciosas e causas externas. As persistentes desigualdades a qual os indígenas estão expostos se traduzem em piores condições de nascer, viver, adoecer e morrer.
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