22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE34 - Epidemiologia em subgrupos populacionais específicos - Saúde da população indígena (TODOS OS DIAS) |
36730 - INCIDÊNCIA E EVOLUÇÃO DOS CASOS DE COVID-19 EM GESTANTES, CRIANÇAS E JOVENS INDÍGENAS CRISTIANE BARELLI - UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO (UPF), JEFERSON DA SILVA DA SILVA - UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO (UPF), EDUARDA ALVES DE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO (UPF), DANIELA BERTOL GRAEFF - UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO (UPF), JULCEMAR BRUNO ZILLI - UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO (UPF), DOUGLAS DE ALMEIDA SILVEIRA - UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO (UPF), HENRIQUE DA SILVA LIZOT - UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO (UPF), CARLA BEATRICE CRIVELLARO GONÇALVES - UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO (UPF), GILBERTO DA LUZ BARBOSA - UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO (UPF)
Objetivos: comparar a incidência e a evolução dos casos de Covid-19 entre crianças, jovens e gestantes indígenas com a população geral da região macro norte do Rio Grande do Sul.
Métodos: estudo transversal com dados obtidos dos casos diagnosticados de COVID-19 em bases oficiais da secretaria estadual de saúde, no Rio Grande do Sul, de 26 de fevereiro/2020 até 07 de maio/2021.
Resultados: a amostra foi composta por 63.524 mulheres e 11.604 crianças e jovens entre zero e dezenove anos. Da população de mulheres, 826 (1,3%) eram indígenas e 62.698 não indígenas. Nesses subgrupos, 30 (3,6%) das indígenas e 616 (1,0%) das não indígenas diagnosticadas eram gestantes (p≤0,001). Entre as gestantes, todas as indígenas evoluíram com recuperação, e apenas quatro (0,7%) não indígenas foram a óbito (p=0,941). A síndrome respiratória aguda grave (SRAG) ocorreu em duas (6,7%) gestantes indígenas e cinquenta (8,1%) gestantes não indígenas (p=1,000). Dos jovens, 404 (27,6%) eram indígenas e 11.200 não indígenas (9,7%; p≤0,001). Entre a população de jovens, indígenas e não indígenas, não houve a ocorrência de óbitos e seis (1,5%) jovens indígenas evoluíram para SRAG comparado com setenta (0,6%) não indígenas (p≤0,001).
Conclusões: a incidência de Covid-19 foi maior entre as gestantes, crianças e jovens indígenas em relação a não indígenas. E comparando a evolução da doença entre essas duas populações, os indígenas de zero a dezenove anos tiveram uma frequência mais elevada de síndrome respiratória aguda grave.
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