22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE35 - Epidemiologia em subgrupos populacionais específicos - Saúde da população LGBTQIA (TODOS OS DIAS) |
35944 - POSITIVIDADE NO TESTE DE COVID-19 NA POPULAÇÃO LGBT+: INQUÉRITO DA SAÚDE LGBT+ ISADORA VIEGAS MARTINS - UFMG, JANDERSON DIEGO PIMENTA DA SILVA - UFMT, GABRIELA PERSIO GONÇALVES - PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE, JULIANA LUSTOSA TORRES - UFMG
Objetivos: Identificar os fatores associados à testagem positiva para COVID-19 na população brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e identidades relacionadas (LGBT+), incluindo fatores sociodemográficos, características de saúde, comportamentos relacionados à COVID-19 e características da rede social. Métodos: Amostra composta por 976 indivíduos participantes do Inquérito de saúde LGBT+, conduzido online e anonimamente de agosto a novembro de 2020. A testagem positiva para COVID-19 foi avaliada por autorrelato, considerando qualquer tipo de teste. A regressão logística foi utilizada para estimar as odds ratios e respectivos intervalos de confiança (IC) de 95%. Resultados: A média de idade de 31.3 (± 11.5 anos) e 4,8% testaram positivo para COVID-19. No modelo multivariado, homens cisgênero (OR=3,54; IC 95% 1,53-8,20) e outras minorias de gênero (OR=4,18; IC 95% 1,25-13,94) associaram-se positivamente à positividade para COVID-19, em relação às mulheres cisgênero. Resultados estatisticamente significativos foram encontrados também para trabalhar fora do domicílio (OR=2,06; IC 95% 1,06-3,99) e não conhecer uma pessoa próxima com diagnóstico de COVID-19 (OR=0,15; IC 95% 0,04-0,63). Nenhum comportamento relacionado à COVID-19 e nenhuma característica da rede social foi associada à testagem positiva para COVID-19. Conclusões: Na população LGBT+, homens cisgênero e outras minorias tem maior chance de positividade para COVID-19. Características do trabalho dessas pessoas, associadas à dificuldade de adaptação para home office e uso de transporte coletivo, assim como o convívio com pessoas infectadas são os principais fatores associados, enquanto que os comportamentos preventivos para a COVID-19 e as características da rede social do indivíduo não apresentam muito impacto.
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