22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE35 - Epidemiologia em subgrupos populacionais específicos - Saúde da população LGBTQIA (TODOS OS DIAS) |
36445 - DISTRIBUIÇÃO ESPACIALDE HIV ENTRE TRAVESTIS E MULHERES TRANSEXUAIS, SÃO PAULO, 2020 KATIA CRISTINA BASSICHETTO - NUDHES-FCMSCSP, RUBENS KON - FMUSP, FABÍOLA ROCHA - NUDHES-FCMSCSP, JOSÉ LUÍS GOMEZ - NUDHES-FCMSCSP, LENICE GALAN DE PAULA - NUDHES-FCMSCSP, ROBERTO DE CARVALHO - CRT-DST/AIDS - SES-SP, LAIO MAGNO - UNEB, CLAUDIA BARROS - UNISANTOS, MARIA AMÉLIA VERAS - NUDHES-FCMSCSP
Objetivos: Analisar a distribuição espacial de casos de HIV entre travestis e mulheres transexuais (TrMT), por áreas de exclusão e inclusão social do município de São Paulo (MSP).
Métodos: Analisamos dados do Projeto TransOdara - Estudo de Prevalência da Sífilis e Outras Infecções Sexualmente Transmissíveis entre Travestis e Mulheres Transexuais (TrMT) no Brasil: Cuidado e Prevenção, em uma amostra de TrMT, maiores de 18 anos, residentes no MSP, em 2020. Para o geoprocessamento utilizou-se o software livre QGIS - versão 3.10 e a ferramenta online de geocodificação da BatchGeo. Para a classificação das áreas, adaptamos o Índice de Exclusão/Inclusão (IEX) (Sposati & Monteiro, 2017), que permitiu a classificação dos distritos administrativos de residência das TrMT em três níveis: (I) Inclusão Social, (II) Exclusão Moderada/Reduzida e (III) Exclusão Intensa/Grave. Estimamos a prevalência de HIV de acordo com essas áreas. Usamos o teste do Qui-quadrado para analisar as diferenças estatisticamente significantes.
Resultados: Das 403 participantes do estudo, 330 são residentes do MSP, sendo 15,8% (nível I), 44,2% (II) e 40,0% (III). Dessas, 26,7% (IC95% 22,0-31,8) foram diagnosticadas com HIV. Observamos maior prevalência de HIV em áreas com maior inclusão social: 40,4%. (IC95% 27,0-54,9) (nível I); 30,8% (IC95% 23,5-39,0) (nível II) e 16,7% (IC95% 10,7-24,1) (nível III), sendo as diferenças significativas (p<=0,010).
Conclusão: A prevalência de HIV encontrada no estudo foi substancialmente maior do que a da população em geral no Brasil. Além disso, verificamos prevalência de HIV inversamente proporcional ao grau de vulnerabilidade das áreas de residência das TrMT no MSP.
|