22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE35 - Epidemiologia em subgrupos populacionais específicos - Saúde da população LGBTQIA (TODOS OS DIAS) |
37023 - FRONTEIRAS REPRESSORAS E REPERCUSSÕES PSICOPATOLÓGICAS NA MULHER TRANS FELIPE DAMASCENO COUTO TEIXEIRA - FACULDADE DE MEDICINA DE BARBABACENA, BRUNA MARIA DE FREITAS FARIA - FACULDADE DE MEDICINA DE BARBABACENA, CLAREANA TURCHETI DE SOUZA - FACULDADE DE MEDICINA DE BARBABACENA, DÉBORA CRISTINA REIS PEREIRA - FACULDADE DE MEDICINA DE BARBABACENA, VALÉRIA DUMONT CRUZ NUNES - FACULDADE DE MEDICINA DE BARBABACENA, CARLOS EDUARDO LEAL VIDAL - FACULDADE DE MEDICINA DE BARBABACENA
Resumo: A identidade de gênero faz parte da construção social de um indivíduo, na qual expressa sua forma de relacionar-se por meio da representatividade masculina e/ou feminina. O cidadão transgênero possui identidade de gênero que difere do sexo atribuído ao nascer e, por mais que haja garantia de respeito a essa população por lei, essas pessoas estão expostas a diversos estressores sociais que impactam na sua saúde mental. Objetivos: Identificar as variantes sociais que fragilizam a saúde mental das mulheres trans e avaliar quais são as possíveis repercussões psicopatológicas. Métodos: Trata-se de um trabalho descritivo e qualitativo, realizado por meio de entrevista semiestruturada em mulheres trans na cidade de Barbacena, Minas Gerais. Resultados: A negligência familiar, as dificuldades no mercado de trabalho, o estigma, o preconceito e a violência foram achados predominantes nas entrevistas em relação à insegurança social. Todas as entrevistadas identificaram seu gênero ainda na infância ou adolescência e iniciaram a transição hormonal sem orientação médica. Há relatos de exposição à procedimentos de risco e transfobia internalizada durante o processo de transição de gênero. Questões como constrangimento ao procurar serviços de saúde, despreparo profissional e assédio foram levantadas sobre a atenção em saúde. Conclusão: Os achados que mais contribuem para o sofrimento psicológico das pessoas transgênero estão relacionados à insegurança social. Além de políticas públicas, abordar a identidade de gênero de forma inclusiva nos ambientes sociais, como escolas e igrejas, é fundamental para, no mínimo, respeitar os diretos das cidadãs transgênero.
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