22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE35 - Epidemiologia em subgrupos populacionais específicos - Saúde da população LGBTQIA (TODOS OS DIAS) |
37289 - PREVALÊNCIA DE HEPATITE VIRAL E HIV EM TRAVESTIS E MULHERES TRANS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA LUCIANA CATARINA SANTOS DE MELO - UNIRIO, LÍVIA MACHADO DE MELLO ANDRADE - UNIRIO, LUCIANE DE SOUZA VELASQUE - UNIRIO
Objetivo: Realizar revisão sistemática sobre prevalência de HIV e Hepatites virais em travestis e mulheres transexuais. Métodos: Elaboração da pergunta de pesquisa pela estratégia PICO. Busca de artigos nas bases de dados BVS, PUBMED e Scopus. Descritores utilizados: “travestis”, “mulheres trans”, “HIV”, “hepatite B”, “hepatite C”, “prevalência”. Foram consideradas prevalências obtidas da realização de testes para HIV e Hepatites, publicações entre 2008 e janeiro de 2018, em português, inglês e espanhol, na América Latina. Foram excluídas revisões sistemáticas, cartas de editorial e protocolos clínicos. Resultados: Das 14 publicações encontradas, em todas havia dados referentes ao HIV, porém, em apenas 3 havia dados referentes às hepatites. No Brasil, a prevalência de HIV em mulheres transexuais e travestis foi maior do que a prevalência de hepatites. Dentre as hepatites B e C, a de maior prevalência foi a B (30,8%). Enquanto que, no HIV, houve prevalência de até 46,2%. Conclusões: No Brasil, a prevalência de HIV e hepatites virais na população geral é de aproximadamente 0,004% e 0,7%, respectivamente. Isso representa porcentagens muito menores quando comparadas às prevalências nas mulheres trans e travestis. É necessário entender os porquês dessas diferenças e traçar ações de políticas públicas. Muitos estudos não apresentam dados de prevalência destas doenças baseados nos testes para diagnósticos, a maioria é obtida por autorrelato. É preciso um maior número de estudos que abordem a prevalência de doenças infectocontagiosas e de outros acometimentos importantes nessas populações, com o intuito de criar políticas de atenção à saúde mais eficazes e inclusivas.
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