22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE36 - Epidemiologia em subgrupos populacionais específicos - Saúde da população negra (TODOS OS DIAS) |
34284 - RETRATO SÓCIO-HABITACIONAL DE QUILOMBOLAS DO PARÁ CADASTRADOS NO CADÚNICO REGIANE PADILHA DOS SANTOS - UFPA, BRENDA RAMOS SANTOS - UFPA, EMANUELA CHAVES DA SILVA - UFPA, MARIA DO SOCORRO CASTELO BRANCO DE OLIVEIRA BASTOS - UFPA
Objetivo: Apresentar o retrato socioeconômico de remanescentes quilombolas paraenses, cadastrados no CADÚNICO. Métodos: Realizou-se análise de dados obtidos até maio/2020 no Tabulador de Informações do Cadastro Único-TABCAD do Ministério de Desenvolvimento Social. O Cadastro Único inclui famílias de baixa renda (ganham até ½ salário mínimo/pessoa. Selecionou-se Pará, e filtros família quilombola e em na variável relação de parentesco com o responsável familiar: pessoa responsável pela unidade familiar, para as variáveis socioeconômicas. Resultados: Existem 16.777 famílias quilombolas, 1,03% do total cadastrado no Pará e 54.752 pessoas. A maioria são mulheres (79%), na faixa etária de 18 a 44 anos (71,3%), grande parte autodefine sua cor como parda (70,4%) e 25,0% como preta, totalizando 95,2%. Dos cadastrados, 79,4% se encontram em situação de extrema pobreza e 82,0% recebem bolsa família. Em relação às condições habitacionais, a maioria dos domicílios está em área rural (85%), de propriedade particular e permanente (89%), com paredes de madeira (53,5%), onde 78,0% tem banheiro, 52,2% tem fossa para destino do esgoto, 45,0% tem água canalizada, 66,0% tem iluminação elétrica e a maioria queima o lixo (70,4%). Conclusões: Não se sabe ao certo o número total de indivíduos quilombolas na população brasileira, pois, eles não são recenseados segundo essa condição, nem sua condições de vida, esse levantamento mostra que parte dos remanescentes de quilombo tem condições precárias de sobrevivência, pois, embora tendo a posse de sua moradia, e preservando a região na qual habita, não tem garantidas a satisfação de todas as suas necessidades de subsistência.
|