22/11/2021 - 09:00 - 18:00 PE36 - Epidemiologia em subgrupos populacionais específicos - Saúde da população negra (TODOS OS DIAS) |
36300 - DESIGUALDADES SOCIAIS SEGUNDO RAÇA/COR NO BRASIL: ANÁLISE DA POF 2017/2018. LUANA TEIXEIRA GHIGGINO - UFRJ, ESTHÉR VIEIRA DE PAULA - UFRJ, MICHELE RIBEIRO SGAMBATO - UFRJ, ELOAH COSTA DE SANT'ANNA RIBEIRO - UFRJ, ALINE ALVES FERREIRA - UFRJ
Objetivos: Descrever as desigualdades sociais segundo raça/cor da população brasileira. Métodos: Foram analisados os microdados de 177.969 indivíduos que participaram da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) em 2017-2018. Foram avaliadas as variáveis: raça/cor segundo IBGE (branca, preta, parda, amarela e indígena), macrorregião, área de moradia (urbana e rural), idade (até 19 anos, 20 a 59 anos e ≥60 anos), chefe do domicílio e anos de estudo (<7 anos e ≥8 anos). Os dados foram analisados, com respectivos pesos amostrais, através do software SPSS 22.0 e utilizado o teste do qui-quadrado para avaliar a associação entre as variáveis (p<0,05). Resultados: A população parda foi mais predominante no Norte e no Nordeste do país com 69,1% e 60,8%, respectivamente. Em relação à área de moradia, 54,9% da população rural se autodeclarou parda. Em relação à idade, 54,9% da população até 19 anos era parda, enquanto 44,5% da população ≥60 anos era branca. Já em relação ao chefe do domicílio, 49,4% eram pardos. Dos que obtiveram <7 anos de estudo, 54,3% eram pardos. Todas as variáveis foram associadas significativamente (p-valor<0,05). Conclusões: A discriminação racial é fator estruturante das desvantagens econômicas, sociais e/ou em saúde. Os resultados evidenciaram que indivíduos autodeclarados brancos possuem melhores condições sociais, enquanto pretos e pardos permanecem com os piores indicadores do país.
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