22/11/2021 - 09:00 - 18:00
PE37 - Epidemiologia em subgrupos populacionais específicos - Saúde da população privada de liberdade (TODOS OS DIAS) |
32761 - PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DE PESSOAS VIVENDO COM HIV PRIVADAS DE LIBERDADE
FABÍOLA AMARO MARIANO MELO - ALUNA DE PÓS-GRADUAÇÃO FACULDADE FAVENI, MAYENNE MYRCEA QUINTINO PEREIRA VALENTE - UNIFOR, MEAC, EMANUELA FERREIRA SAMPAIO - SISTEMA PENITENCIÁRIO DO ESTADO DO CEARÁ
O Brasil, atualmente, concentra a terceira maior população prisional do mundo, com 726.215 pessoas presas. O cenário das prisões brasileiras, insalubres e superlotadas, e o perfil sociodemográfico das pessoas encarceradas concentram aspectos determinantes para o aumento da vulnerabilidade ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) no âmbito prisional, levando a essa população um estado de imunodeficiência, que ocasiona um quadro de doenças oportunistas. O enfermeiro como integrante da equipe multidisciplinar que assiste esta população deve ter uma atenção singular em virtude dessa especificidade e necessidades diferenciadas. Este estudo teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico de pessoas com HIV privadas de liberdade. Trata-se de um estudo descritivo, documental, transversal, realizado no mês de abril de 2020. O estudo foi realizado no setor saúde de uma Unidade Penitenciária Masculina em um município do estado do Ceará. Os dados foram coletados em 11 prontuários pertencentes aos internos com diagnóstico de HIV e posteriormente foram analisados de forma descritiva. Verificou-se predomínio da doença em pessoas da cor parda 8 (72,7%), adultos jovens 6(54,5%), alfabetizados 5(45,4%), católicos 7(63,6%), solteiro 10(90,9%), vida sexual não ativa 6(54,5%) e com prática sexual desprotegida 6 (54,5%). Com relação aos aspectos clínicos, 4(36,4%) já tiveram outra Infecção Sexualmente Transmissível e 4(36,3%) já tiveram tuberculose. A investigação possibilitou conhecer as características clínicas e epidemiológicas das pessoas vivendo com HIV na população estudada, assim como, contribui para um melhor planejamento da assistência de enfermagem no sistema prisional.
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